Economia

Argentina quer estampar rosto de Messi em nota de 10 mil pesos

Contexto é marcado por uma inflação elevada; país fechou o ano de 2022 com uma alta de 94,8%, a maior desde 1991

Lionel Messi: jogador que acaba de vencer a Copa do Mundo pode estampar nota de maior valor (Maja Hitij - FIFA/FIFA/Getty Images)

Lionel Messi: jogador que acaba de vencer a Copa do Mundo pode estampar nota de maior valor (Maja Hitij - FIFA/FIFA/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de fevereiro de 2023 às 09h09.

Menos de uma semana após a diretoria do Banco Central aprovar a emissão de uma nota de dois mil pesos, a presidente do Banco de la Nación Argentina, Silvina Batakis, afirmou que o governo estuda a emissão de uma nota de 10 mil pesos, e propôs que ela poderia levar a imagem do capitão da seleção Argentina Lionel Messi.

"Eu faria totalmente uma cédula de [Lionel] Messi", enfatizou a presidente do banco estatal, em fala à Radio con Vos, destacando a "necessidade" da emissão de notas de maior valor.

Neste contexto, Batakis revelou que o Executivo - com o Presidente à frente - está a " analisar" a possibilidade de imprimir notas com valor nominal superior à nota de dois mil pesos.

"Não se pode esconder a questão da inflação atrás de uma cédula , por isso entendo que é algo que está sendo discutido", explicou a ex-ministra da Economia.

Por enquanto, porém, não está prevista a emissão de notas de maior valor, conforme apurou o jornal La Nacion, embora a entidade monetária admita que em breve se iniciou o trabalho para fazer o mesmo com outra nota cinco mil pesos.

O contexto para a criação de novas cédula é marcado por uma inflação elevada. A Argentina fechou o ano de 2022 com uma inflação oficial de 94,8%, a mais alta desde 1991 e uma das maiores do mundo, segundo dados do Instituto de Estatísticas Indec.

A nota de dois mil pesos, que deve estar em circulação entre junho e julho, estampará a imagem dos médicos Cecilia Grierson e Ramón Carrillo, precursores no desenvolvimento da medicina na Argentina, assim como o edifício do Instituto Nacional de Microbiologia Doutor Carlos Malbrán.

Em 31 de janeiro, o próprio Banco Central informou que 7.994 bilhões de bilhetes circulavam pelo país. Desse total, 3068 bilhões (38%) correspondiam a cédulas de 1.000, enquantro 1, 33 bilhão eram de cédulas de 500 pesos.

As cédulas de menor valor (de 200 pesos para baixo) somam, em conjunto, 3,596 bilhões de unidades.

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