Economia

Argentina eleva taxa de juros a 44,5% para combater choque de oferta

O banco central disse que buscará colocar a taxa referencial na trajetória de "retornos reais positivos sobre investimentos em moeda local e preservar a estabilidade monetária e cambial"

Argentina: O banco central disse que o cenário global de aumento dos preços dos grãos e energia está impactando a inflação doméstica (Andrew Peacock/Getty Images)

Argentina: O banco central disse que o cenário global de aumento dos preços dos grãos e energia está impactando a inflação doméstica (Andrew Peacock/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2022 às 10h16.

Última atualização em 24 de março de 2022 às 09h56.

O banco central da Argentina elevou a taxa de juros básica do país em 2 pontos percentuais na terça-feira, para 44,5%, terceiro aumento este ano, com os bancos atentos à disparada da inflação e ao choque de oferta global.

O banco central disse que buscará colocar a taxa referencial na trajetória de "retornos reais positivos sobre investimentos em moeda local e preservar a estabilidade monetária e cambial", indicando mais altas com a inflação acima de 52%.

A Argentina, importante produtor de grãos, fechou recentemente um acordo de 45 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional com metas econômicas atreladas, incluindo mudança para taxa de juros real positiva.

O acordo, determinante para estabilizar a economia do país e eventualmente reabrir o acesso aos mercados financeiros globais, precisa ser aprovado pela diretoria do Fundo quando ela se reunir na sexta-feira.

O banco central disse que o cenário global de aumento dos preços dos grãos e energia está impactando a inflação doméstica.

"A economia mundial está enfrentando um choque de oferta que se traduz em aumentos extraordinários dos preços de todas as commodities e outros importantes produtos da cadeia de produção", disse a autoridade monetária.

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