Macri: o presidente argentino já havia sido denunciado por alugar para viagens oficiais aviões da companhia MacAir (Marcos Brindicci/Reuters)
AFP
Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 16h23.
Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 16h56.
O ministro dos Transportes da Argentina, Guillermo Dietrich, negou nesta segunda-feira que a família do presidente Mauricio Macri possua ações da companhia aérea de baixo custo Avian, após uma denúncia de suposto conflito de interesses pela concessão de rotas a esta empresa.
"A família Macri não possui nem um décimo das ações da Avian Argentina", afirmou o ministro ao canal TN.
Macri voltou a ficar na mira da Justiça por supostos favores a empresas de sua família, após a denúncia de políticos opositores, que pediram a interpelação de Dietrich.
O presidente é imputado judicialmente em um escândalo pelo acordo do governo com o Grupo Macri para perdoar 98% de uma dívida.
Macri já havia sido denunciado por alugar para viagens oficiais aviões da companhia MacAir, ligada à família presidencial, sem licitação ou contratação pública.
A McAir foi vendida em 2016 à Avian, mas foi transferida também para integrantes da empresa, entre eles seu diretor geral, Carlos Colunga, que segue sendo um alto executivo do Grupo Macri.
Os denunciantes afirmam que a Avian é, na verdade, controlada pelo Grupo Macri.
A Avian irá operar na Argentina com licença de marca da Avianca, mas a companhia colombiana não será sua proprietária.
A denúncia também cita a FlyBondi, outra companhia aérea que solicita operar no mercado argentino. Segundo a denúncia, a FlyBondi estaria vinculada de forma societária ao ministro coordenador do gabinete econômico, Francisco Quintana.
A Avian e a Fly Bondi seriam beneficiadas com atuais rotas da estatal Aerolíneas Argentinas.