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Argentina conclui 2019 com inflação mais alta em três décadas

O índice de 53,8% foi alcançado após o custo de vida aumentar 3,7% em dezembro, com destaques para o setor da saúde, com alta de 72,1%

Pesos argentinos: a inflação da Argentina está entre as mais altas do mundo e é a mais elevada da América Latina (Diego Giudice/Bloomberg)
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AFP

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 19h28.

Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 20h28.

A inflação da Argentina foi de 53,8% em 2019, a mais alta desde 1991 e uma das mais elevadas do mundo, informou nesta quarta-feira (15) o instituto de estatísticas Indec. Este índice foi alcançado após o custo de vida aumentar 3,7% em dezembro.

Segundo o Indec, o setor que mais aumentou no ano passado foi o de saúde (+72,1%), seguido de comunicação (+63,9%) e equipamentos e manutenção do lar (+63,7%). Enquanto isso, o setor de alimentos e bebidas não alcoólicas registrou uma inflação acumulada de 56,8%.

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A inflação da Argentina está entre as mais altas do mundo e é a mais elevada da América Latina, fora a hiperinflação da Venezuela. Em 2018, a Argentina tinha registrado um índice de preços ao consumidor de 47,6%.

O indicador divulgado nesta sexta corresponde ao último ano do governo do ex-presidente liberal Mauricio Macri, que deixou o poder em 10 de dezembro, quando o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández assumiu.

A inflação é um problema recorrente na Argentina, que sofreu duas hiperinflações em sua história recente: em 1989 (3.079%) e em 1990 (2.314%).

A alta de preços foi solucionada com um plano de paridade cambial 1 a 1 entre o peso e o dólar aplicado em 1991, ano em que a inflação foi de 84%. A paridade peso-dólar se manteve por 11 anos, mas levou à grande crise de 2001, quando a Argentina declarou moratória de 100 bilhões de dólares.

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