Argentina: economia do país foi abalada por alguns fatores locais e externos nas últimas semanas (Clive Rose/Getty Images)
AFP
Publicado em 22 de junho de 2018 às 17h46.
A economia argentina vai recuperar "em um ou dois meses" seu ritmo de crescimento e deixará as turbulências para trás, disse nesta sexta-feira em Santiago o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne.
Dois dias depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovar um empréstimo para a Argentina por 50 bilhões de dólares destinado a enfrentar uma grave crise cambial, Dujovne afirmou que "após um ou dois meses, a Argentina vai poder recuperar um ritmo de crescimento similar ao que tinha antes desta turbulência".
A economia do país, segundo o ministro, estava crescendo desde o quarto trimestre de 2016, mas nas últimas semanas foi abalada por alguns fatores locais e externos, como a mais forte seca em 30 anos, o aumento do preço do petróleo e a valorização do dólar no mundo.
"Isso nos impactou especialmente porque não tínhamos terminado de corrigir os desequilíbrios herdados do governo anterior, principalmente em termos fiscais", explicou o ministro, após se reunir com seu par chileno Felipe Larraín.
Neste cenário, "decidimos preventivamente pegar um financiamento do Fundo e acelerar o cronograma de convergência para o equilíbrio fiscal", estabelecido inicialmente para 2021, passando-o para 2020, disse Dujovne.
Mas, acrescentou, "nosso programa está inalterado, simplesmente buscamos apoio financeiro para reduzir a volatilidade na transição para o equilíbrio fiscal".
Dujovne ainda afirmou que não está nos planos do governo de Mauricio Macri restabelecer impostos que já foram eliminados.
"Nós temos um compromisso de continuar com a redução de impostos dos argentinos", disse o ministro, que após o encontro com seu homólogo chileno se encontraria com o presidente Sebastian Piñera.