Economia

Após conflito, atacarejos se unem e criam nova associação

A Associação Brasileira do Atacado de Autosserviço nasce da união de nove redes


	Atacado: uma das demandas é a negociação com a indústria para impressão do código de barras nas caixas dos produtos
 (DANIELA TOVIANSKY)

Atacado: uma das demandas é a negociação com a indústria para impressão do código de barras nas caixas dos produtos (DANIELA TOVIANSKY)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 10h30.

São Paulo - A partir desta terça-feira, 16, o atacado de autosserviço, também conhecido como atacarejo, terá uma associação: a Associação Brasileira do Atacado de Autosserviço (Abaas).

Os atacarejos vendem grandes volumes de alimentos e produtos de higiene e limpeza tanto para o consumidor final quanto para pequenos comerciantes.

A entidade nasce da união de nove redes - Assaí, Atacadão, Makro, MartMinas , Maxxi, Roldão, Spani, Tenda e Villeforte - que, juntos, devem faturar neste ano R$ 47 bilhões e empregam 70 mil funcionários em 400 lojas.

Ricardo Roldão, presidente da nova associação e do Roldão Atacadista, diz que a decisão de criar a entidade ocorreu porque o atacado de autosserviço tem demandas específicas que precisam ser negociadas tanto com a indústria quanto com o governo.

Uma delas, por exemplo, é a negociação com a indústria para impressão do código de barras nas caixas dos produtos. Essa, no entanto, não é uma demanda do atacado tradicional, pois ele não usa o PDV ou a caixa registradora com leitura ótica para registrar a saída dos produtos, explica Roldão.

Ele frisa que os atacarejos não saíram da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). Mas neste ano a direção da Abad e os atacarejos se estranharam.

O motivo do desentendimento foi a bandeira levantada pela direção da Abad de tornar obrigatória a identificação do comprador do atacarejo, com a inclusão do CPF na nota fiscal. Hoje, o atacarejo pode vender sem identificação e o atacado tradicional não.

A falta de obrigatoriedade na identificação é vista pelo atacado tradicional como uma brecha que pode reduzir o seu faturamento. Procurada, a diretoria da Abad não comentou a questão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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