Economia

Após 8 semanas de alta, analistas reduzem expectativa de inflação

Ainda é cedo para afirmar que essa é a nova tendência das expectativas inflacionárias

Alívio para Tombini, do BC: as expectativas inflacionárias pararam de subir  (Gustavo Lima/Agência Câmara)

Alívio para Tombini, do BC: as expectativas inflacionárias pararam de subir (Gustavo Lima/Agência Câmara)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 08h58.

São Paulo - Os economistas do mercado financeiro finalmente deram um alívio nas projeções para a inflação oficial neste ano, reduzindo-as de 6,37% para 6,33%. O índice ainda está perto do teto da meta (6,50%).

Porém, ainda é cedo para afirmar que essa é a nova tendência das expectativas inflacionárias. Além de medidas macroprudenciais adotadas no último trimestre do ano passado, o Banco Central (BC) já elevou três vezes a taxa básica de juros no governo Dilma.

Nas últimas 22 semanas, o boletim Focus do Banco Central, que colhe semanalmente as previsões de analistas de cerca de 100 instituições financeiras, registrou 20 altas nas estimativas de preços.

Na sexta-feira passada (6), o IPCA de abril estourou o teto da meta no acumulado em 12 meses e os diretores do BC calculam que esse patamar será mantido até agosto.

No boletim desta semana, o crescimento do PIB permaneceu em 4,00%, assim como a taxa básica de juros (12,50%). Já a expansão da produção industrial caiu de 4,04% para 3,78% (veja tabela com todas as previsões na próxima página).


As previsões para a cotação do dólar no fim de 2011 foram mantidas em R$ 1,62, enquanto as projeções para o superávit da balança comercial passaram de US$ 18,05 bilhões para US$ 18,00 bilhões. Se concretizado, será inferior aos US$ 20,2 bilhões registrados em 2010.

Bola de cristal para 2012

O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (09) também traz previsões para a economia brasileira no ano que vem. As projeções para o IPCA foram mantidas em 5% - acima do centro da meta de inflação (4,50%).

Os juros básicos subiram para 12,25% e a expansão do PIB de 2012 foi reduzida de 4,25% para 4,21%.

A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 1,70 enquanto a balança comercial deve registrar superávit de US$ 10 bilhões.

Veja as previsões do boletim Focus desta semana

Fonte: Banco Central
Previsões - Mediana 2011 2012
IPCA 6,33% 5,00%
IGP-DI 7,00% 5,00%
IGP-M 6,92% 5,00%
IPC-Fipe 5,82% 4,78%
Câmbio - fim de período (R$/US$) 1,62 1,70
Câmbio - média do ano (R$/US$) 1,61 1,67
Meta Taxa Selic - fim de período (ao ano) 12,50% 12,25%
Meta Taxa Selic - média de período (a.a.) 12,16% 12,25%
Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 39,20% 37,87%
PIB 4,00% 4,21%
Produção Industrial 3,78% 4,68%
Conta Corrente (US$) -60,00 bilhões -70,00 bilhões
Balança Comercial (US$) 18,00 bilhões 10,00 bilhões
Inv. Estrang. Direto (US$) 50,00 bilhões 45,00 bilhões
Preços Administrados 4,80% 4,50%
 
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