Economia

Apesar de recuo em março, economia termina 1º tri com alta de 2,3%

Com os resultados positivos de janeiro e fevereiro, o IBC-Br encerrou o primeiro trimestre com crescimento sobre os últimos três meses de 2020, quando expandiu 3,17%

A queda da atividade de 1,59% em março foi compensada pelo crescimento registrado em janeiro em fevereiro (Lucas Landau/Reuters)

A queda da atividade de 1,59% em março foi compensada pelo crescimento registrado em janeiro em fevereiro (Lucas Landau/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2021 às 12h39.

A economia brasileira contraiu em março pela primeira vez em quase um ano diante da intensificação da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento, mas ainda assim terminou o primeiro trimestre com crescimento graças ao desempenho positivo no início de 2021.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 1,59% em março na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC nesta quinta-feira, 13.

O resultado do mês em que o país se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus interrompe 10 meses de avanços do índice e é o mais fraco desde a queda de 9,8% em abril de 2020, ápice das medidas de contenção da covid-19 no ano passado.

O dado de março, entretanto, foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 3,75%.

Com os resultados positivos de janeiro e fevereiro, o IBC-Br encerrou o primeiro trimestre com crescimento de 2,3% sobre os últimos três meses de 2020, depois de ter expandindo 3,17% no quarto trimestre do ano passado.

A crise sanitária no Brasil, com sistemas de saúde muito sobrecarregados, agravou-se no final de fevereiro e levou várias localidades a intensificarem as medidas de isolamento, voltando a fechar comércios não essenciais e restringindo ainda mais a mobilidade.

Na comparação com março de 2020, o IBC-Br registrou avanço de 6,26% e, no acumulado em 12 meses, teve perda de 3,37%, segundo números observados.

Com o Brasil ainda enfrentando lentidão no ritmo de vacinação contra a covid-19, em março, as perdas foram disseminadas. A indústria brasileira registrou queda inesperada de 0,7% da produção em fevereiro e interrompeu nove meses de resultados positivos.

As vendas varejistas recuaram 0,6% e o setor voltou a ficar abaixo do nível pré-pandemia. O mesmo aconteceu com os serviços, depois de queda de 4% no volume no mês.

A pesquisa Focus mais recente do BC com uma centena de economistas aponta que a projeção de expansão para este ano é de 3,21%, indo a 2,33% em 2022.

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