Economia

Apesar de decisão do TCU, ANP espera arrecadar o previsto no ano

De um total de 70 blocos, o tribunal determinou que não sejam ofertados justamente os dois que têm a maior expectativa de bônus de assinatura individuais

TCU: tribunal cancelou os leilões dos dois blocos até que possa analisar no mérito o processo de licitação (foto/Reuters)

TCU: tribunal cancelou os leilões dos dois blocos até que possa analisar no mérito o processo de licitação (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 19h58.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 22h57.

Rio - Apesar da determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, acredita que conseguirá manter a arrecadação de R$ 3,5 bilhões prevista para o ano com os dois leilões de áreas programados: a 15ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás, em 29 de março, e a 4ª Rodada de Licitações do Pré-Sal, marcada para junho. Segundo ele, a agência ainda vai estudar o que fazer em relação à determinação do TCU.

O TCU decidiu nesta quarta-feira, 28, suspender cautelarmente parte do leilão marcado para esta quinta-feira. De um total de 70 blocos, o tribunal determinou que não sejam ofertados justamente os dois que têm a maior expectativa de bônus de assinatura individuais, de no mínimo R$ 3,55 bilhão, até que o tribunal possa analisar no mérito o processo de licitação.

De acordo com Oddone, a decisão do TCU foi informada nesta tarde de quarta-feira, 28, e ainda será analisada. A possibilidade de que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprove a transferência das duas áreas para o leilão de pré-sal, no modelo de partilha da produção, ainda não foi discutida nem analisada.

"A expectativa de arrecadação para o ano está mantida mesmo sem esses dois blocos, porque a gente nunca considera que vai vender todos os blocos", disse o diretor, para quem o Brasil manterá a atratividade internacional no cenário de exploração e produção apesar da decisão do TCU.

Acompanhe tudo sobre:ANPLeilõesPetróleoTCU

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto