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Analistas pedem à Comissão Europeia estímulos à economia

O economista espanhol José Manuel Campa lamentou que na União Europeia exista "uma certa indefinição no compromisso por uma maior integração europeia"

Euro: sobre a flexibilização do déficit para a Espanha por parte da Comissão Europeia, Campa disse que esse relaxamento "precisa ser entendido dentro do processo de ajustes necessário". (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 13h01.

Bruxelas - O economista espanhol José Manuel Campa recomendou nesta terça-feira que a Comissão Europeia (CE) propicie estímulos de crescimento para a economia europeia que ajudem os países da eurozona a sair da crise, especialmente aos da periferia.

"Sem lugar para dúvidas, situações específicas de estímulos de crescimento agregado da economia europeia ajudariam", disse Campa à Agência Efe antes de participar da apresentação em Bruxelas do relatório 'Espanha, País de oportunidades', do Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC).

O ex-secretário de Estado de Economia lamentou que na União Europeia exista "uma certa indefinição no compromisso por uma maior integração europeia", enquanto se referiu ao papel que as entrevistas eleitorais desempenham nesse sentido.

"Há partes do processo de decisão política na Europa que parece que não avançam por causa dos calendários eleitorais nacionais", disse Campa em referência às eleições do fim do ano na Alemanha.

Sobre uma das maiores preocupações da economia espanhola, a alta taxa de desemprego, especialmente entre os mais jovens, Campa apontou que o lado positivo dos números é que "cada vez há uma sensibilidade maior na Europa".

"Serão muito boas notícias se for criada a possibilidade de programas a curto prazo em nível europeu para fomentar a mobilidade para a Espanha", disse.

Sobre os últimos dados divulgados pelo ministro espanhol de Economia, Luis De Guindos, que situam o PIB em torno de 1,5 ponto negativo para este ano, Campa disse que não influi para que a tendência seja ao crescimento e a recuperação do emprego nos próximos trimestres.


"Seria especulação dizer se o caminho positivo começará no terceiro ou no quarto trimestre, o importante é a tendência", declarou o ex-secretário de Economia espanhol na linha dos dados do relatório do CEC, instituição que reúne uma dúzia de grandes companhias espanholas.

Sobre a flexibilização do déficit para a Espanha por parte da Comissão Europeia, Campa disse que esse relaxamento "precisa ser entendido dentro do processo de ajustes necessário".

"Tiraríamos mais partido se pudéssemos gerar credibilidade com o cumprimento de nossas obrigações e deixando claras as perspectivas de medidas a tomar no próximo ano", explicou.

O diretor do Conselho Empresarial para a Competitividade, Fernando Casado, também participará da apresentação do relatório, que já foi mostrado em Amsterdã, Londres e Nova York, e que também será divulgado hoje em São Paulo.

O estudo prevê uma melhora que permitirá que a economia espanhola registre taxas de crescimento ainda no quarto trimestre deste ano, de 0,3%, após sete trimestres de recessão.

Para 2014, o relatório prevê um aumento do PIB de 0,8%, contra o 1,4% de queda que contempla para 2013, o que permitirá que já comecem a ser criados empregos.

Integram este Conselho empresas espanholas como Telefónica, El Corte Inglés, Mango, Grupo Barceló, Banco Santander, Repsol, Acciona, La Caixa, BBVA, Inditex, Grupo Planeta, Mapfre, ACS, Ferrovial, Havas Media Group, Mercadona, Iberdrola e o Instituto de la Empresa Familiar.

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Bruxelas - O economista espanhol José Manuel Campa recomendou nesta terça-feira que a Comissão Europeia (CE) propicie estímulos de crescimento para a economia europeia que ajudem os países da eurozona a sair da crise, especialmente aos da periferia.

"Sem lugar para dúvidas, situações específicas de estímulos de crescimento agregado da economia europeia ajudariam", disse Campa à Agência Efe antes de participar da apresentação em Bruxelas do relatório 'Espanha, País de oportunidades', do Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC).

O ex-secretário de Estado de Economia lamentou que na União Europeia exista "uma certa indefinição no compromisso por uma maior integração europeia", enquanto se referiu ao papel que as entrevistas eleitorais desempenham nesse sentido.

"Há partes do processo de decisão política na Europa que parece que não avançam por causa dos calendários eleitorais nacionais", disse Campa em referência às eleições do fim do ano na Alemanha.

Sobre uma das maiores preocupações da economia espanhola, a alta taxa de desemprego, especialmente entre os mais jovens, Campa apontou que o lado positivo dos números é que "cada vez há uma sensibilidade maior na Europa".

"Serão muito boas notícias se for criada a possibilidade de programas a curto prazo em nível europeu para fomentar a mobilidade para a Espanha", disse.

Sobre os últimos dados divulgados pelo ministro espanhol de Economia, Luis De Guindos, que situam o PIB em torno de 1,5 ponto negativo para este ano, Campa disse que não influi para que a tendência seja ao crescimento e a recuperação do emprego nos próximos trimestres.


"Seria especulação dizer se o caminho positivo começará no terceiro ou no quarto trimestre, o importante é a tendência", declarou o ex-secretário de Economia espanhol na linha dos dados do relatório do CEC, instituição que reúne uma dúzia de grandes companhias espanholas.

Sobre a flexibilização do déficit para a Espanha por parte da Comissão Europeia, Campa disse que esse relaxamento "precisa ser entendido dentro do processo de ajustes necessário".

"Tiraríamos mais partido se pudéssemos gerar credibilidade com o cumprimento de nossas obrigações e deixando claras as perspectivas de medidas a tomar no próximo ano", explicou.

O diretor do Conselho Empresarial para a Competitividade, Fernando Casado, também participará da apresentação do relatório, que já foi mostrado em Amsterdã, Londres e Nova York, e que também será divulgado hoje em São Paulo.

O estudo prevê uma melhora que permitirá que a economia espanhola registre taxas de crescimento ainda no quarto trimestre deste ano, de 0,3%, após sete trimestres de recessão.

Para 2014, o relatório prevê um aumento do PIB de 0,8%, contra o 1,4% de queda que contempla para 2013, o que permitirá que já comecem a ser criados empregos.

Integram este Conselho empresas espanholas como Telefónica, El Corte Inglés, Mango, Grupo Barceló, Banco Santander, Repsol, Acciona, La Caixa, BBVA, Inditex, Grupo Planeta, Mapfre, ACS, Ferrovial, Havas Media Group, Mercadona, Iberdrola e o Instituto de la Empresa Familiar.

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