Economia

Amorim diz que guerra não afetará relações comerciais do Brasil com os EUA

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou à presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), que a divergência entre o Brasil e os Estados Unidos quanto à guerra não afetará as boas relações entre os dois países, particularmente na área comercial. O ministro fez uma visita informal à […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou à presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), que a divergência entre o Brasil e os Estados Unidos quanto à guerra não afetará as boas relações entre os dois países, particularmente na área comercial.

O ministro fez uma visita informal à Comissão. Ele explicou também que o Brasil está providenciando a retirada de brasileiros das áreas de risco em torno do Iraque. Aviões estão em prontidão no Rio de Janeiro e partirão para a região assim que estiver concluído o levantamento de brasileiros que querem regressar.

Zulaiê Cobra revelou que a Comissão deverá ouvir o ministro Celso Amorim em audiência pública no início de abril, para debater a política externa do Brasil e o papel das Nações Unidas (ONU). A Comissão deverá ouvir também o ministro da Defesa, José Viegas, sobre as medidas de defesa nacional a serem tomadas em caso de guerra.

Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desrespeitou as Nações Unidas e a opinião de vários outros países, que defendem uma solução pacífica para a crise no Iraque. "Na minha opinião, desrespeita a ONU, não leva em conta o Conselho de Segurança, não leva em conta o que pensa o restante do mundo. E acho que isso é grave. É grave para o futuro da ONU, que é uma referência de comportamento das nações do mundo inteiro", enfatizou.

Questionado se considera o iminente ataque dos Estados Unidos ao Iraque uma ação legítima, o presidente foi enfático: "Eu acho que não tem (legitimidade)". Para Lula, o governo dos Estados Unidos transformou a guerra "em um problema eminentemente americano", porque, apesar de todos concordarem que o governo de Saddam Hussein deve ser desarmado, George W. Bush não tem o direito de, "sozinho, decidir o que é bom e o que é ruim para o mundo". As informações são da Agência Brasil.

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