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América Latina salva mercado de exportação de carros no Brasil

Cerca de 65% do que o Brasil exportou em 2010 foi destinado ao continente; entretanto, Anfavea diz que país está longe de recuperar a boa fase

Principais importadores de carro do Brasil são Argentina, Chile e México (.)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2010 às 15h58.

São Paulo - A indústria automotiva brasileira tenta recuperar o nível de exportações depois do baque da crise mundial e tem na América Latina o grande impulsionador desta retomada. Cerca de 65% do que o país exportou em 2010 foi destinado aos países do continente.

Estes resultados compensam a má fase que atravessa grande parte das economias européias. Em 2009, 10% das exportações de veículos brasileiros foram para a Europa. A expectativa é que neste ano esta parcela seja ainda menor.

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"O mercado latinoamericano cresce com muita força, principalmente em países como Argentina, Chile e México, grandes compradores do Brasil", afirma o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.

A entidade revisou sua previsão de exportação de veículos em 2010, elevando de 9% para 12,4%. A expectativa é que o Brasil consiga vender para o exterior 662 mil unidades neste ano. De janeiro a julho, a indústria brasileira atingiu a marca dos 357 mil veículos exportados. Entretanto, apesar da perspectiva favorável, Belini afirma que o país não tem fôlego para recuperar a boa fase de anos atrás.

Em 2005, o país atingiu seu maior patamar em exportações, com cerca de 900 mil unidades vendidas."Não vejo perspectiva de recuperação. Ainda temos muitos problemas de competitividade que nos fazem ficar aquém de nosso real potencial. Estamos 300 mil unidades abaixo de nossa melhor fase", diz o presidente.

As maiores travas à competitividade do país no exterior, na visão de Belini, são a carga tributária elevada e a infraestrutura insuficiente do país principalmente no escoamento das exportações. "Outro problema da cadeia produtiva é, por exemplo, o preço do aço, que ainda está muito alto no país. Isto também nos torna menos atraentes no exterior."

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