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Aluguel de imóveis deverá ter valor congelado

Por AE São Paulo - A deflação histórica registrada pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deve começar a aparecer gradativamente no bolso do consumidor ao longo dos próximos meses, quando chegar a hora de reajustar os contratos de prestação de serviços. Nos aluguéis, por exemplo, onde quase a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Por AE

São Paulo - A deflação histórica registrada pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deve começar a aparecer gradativamente no bolso do consumidor ao longo dos próximos meses, quando chegar a hora de reajustar os contratos de prestação de serviços. Nos aluguéis, por exemplo, onde quase a totalidade dos contratos são balizados pelo IGP-M, esse efeito será nítido. "A deflação do IGP-M vai funcionar como uma espécie de congelamento dos preços dos aluguéis dos contratos vigentes", afirma o diretor de locação da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), Eduardo Zangari.

Ele explica que a maioria dos contratos de locação tem uma cláusula que não permite redução do valor do aluguel. Por isso, com a deflação do indexador, a tendência é de os preços serem mantidos para os contratos em vigor. Zangari ressalta que a deflação do IGP-M chega em boa hora para os inquilinos, já que o mercado de locação está superaquecido. Na cidade São Paulo, por exemplo, o valor dos aluguéis subiu perto de 10% nos últimos 12 meses, diante do desequilíbrio entre a oferta de imóveis para alugar e o crescimento da procura, além da valorização dos imóveis.

Zangari lembra que não é a primeira vez que esse movimento de reajuste zero dos aluguéis ocorre. Em 2006, o IGP-M chegou a registrar deflação acumulada em 12 meses em algum momento do ano e isso estancou os reajustes. O resultado dessa interrupção no movimento de alta dos preços dos aluguéis, diz ele, acabou sendo compensado mais para frente, com os locatários pedindo os imóveis e elevando os preços dos novos contratos. "No longo prazo, há uma compensação", observa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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