Economia

Alta do juro mostra falta de convicção, diz Força Sindical

Presidente da entidade disse que medida demonstra a "falta de convicção" do governo com relação ao crescimento econômico


	Nota de 50 reais: "para a Força Sindical, a política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário", disse presidente
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Nota de 50 reais: "para a Força Sindical, a política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário", disse presidente (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 20h49.

São Paulo - A Força Sindical criticou na noite desta quarta-feira, 27, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 10% ao ano. Em nota distribuída à imprensa, o presidente da entidade, Miguel Torres, disse que a medida demonstra a "falta de convicção" do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento.

"O Copom insiste no aperto monetário, colocando a taxa básica de juros nas nuvens, e o Brasil permanece entre os países com as maiores taxas de juros do mundo. Esta opção trará consequências prejudiciais ao consumo, à produção e ao emprego", destacou Torres. "Para a Força Sindical, a política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário", avaliou.

De acordo com Torres, combater a inflação é importante, mas, segundo ele, parece que o crescimento econômico foi deixado para depois e não se sabe para quando. "Enquanto isto, a economia não sai do lugar. O governo deve ousar e buscar alternativas de médio e longo prazos, fugindo das armadilhas do curto prazo", afirmou, acrescentando que, na economia real, o trabalhador amarga "taxas de juros extorsivas".

Para o presidente da Força Sindical, o governo reedita medidas paliativas que, no longo prazo, acabam por demonstrar a ausência de um projeto consistente e robusto de crescimento sustentado da economia. "De que adianta os sindicatos batalharem por ganhos reais com taxas de juros exorbitantes? O aumento da Selic facilita as importações de um lado e reduz as exportações de outro. Em outras palavras, gera empregos no exterior e dificulta a venda de produtos brasileiros para outros países", criticou.

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