Economia

Alta do dólar não é um problema apenas do Brasil, diz Levy

Segundo o ministro, alguns impactos do preço da moeda americana no mercado interno são em consequência de efeitos que estavam represados


	Joaquim Levy: questionado sobre um possível rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch, o ministro negou uma mudança na nota de crédito
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Joaquim Levy: questionado sobre um possível rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch, o ministro negou uma mudança na nota de crédito (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 12h32.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (23) que a atual elevação da cotação do dólar faz parte de um movimento em todo o mundo e não só um problema do Brasil.

Para ele, existe um processo de recuperação do país, com várias medidas que vem sendo adotadas. Segundo ele, alguns impactos do preço da moeda americana no mercado interno são em consequência de efeitos que estavam represados. O dólar ultrapassou a casa do R$ 4 nesta quarta-feira.

Questionado sobre um possível rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch, o ministro negou uma mudança na nota de crédito do Brasil.

“As medidas estão surtindo efeito. Alguns resultados mais positivos estão sendo represados por circunstâncias que trazem uma certa incerteza. Isso tem limitado a capacidade de investimento e até a capacidade de arrecadação. Mas eu tenho a convicção de que vencida essas incertezas, a capacidade de recuperação da economia será rápida”, disse. Representantes da agência se reuniram ontem (22) com Levy no Ministério da Fazenda.

“Acho que primeiro tem movimento global de câmbio e a gente tem que estar atento. O mais importante é a gente avaliar a situação do Brasil.

Eu acho que o processo de recuperação da economia está em curso. Diversas medidas que foram tomadas no início do ano estão produzindo seus efeitos.

Agora o que a gente vê é um certo represamento desses efeitos na economia por outras razões que não econômicas, vamos dizer assim, razões de insegurança”, disse após participar do Fórum de Segurança Jurídica e Infraestrutura no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

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