Economia

Alta de indicador antecedente sugere estagnação, diz FGV

Para o coordenador do IPC Brasil do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, uma efetiva reversão do cenário atual, entretanto, ainda está longe de acontecer


	Juros: para o coordenador do IPC Brasil do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, uma efetiva reversão do cenário atual, entretanto, ainda está longe de acontecer
 (Thinkstock)

Juros: para o coordenador do IPC Brasil do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, uma efetiva reversão do cenário atual, entretanto, ainda está longe de acontecer (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 15h54.

São Paulo - A segunda alta consecutiva mensal do Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e do Conference Board, pode indicar que há uma estagnação do processo de deterioração de expectativas para a situação macroeconômica do País.

Para o coordenador do IPC Brasil do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, uma efetiva reversão do cenário atual, entretanto, ainda está longe de acontecer.

O IACE possui quatro componentes de expectativa, dentre eles, os índices de Expectativas das Sondagens de Serviços, da Indústria e do Consumidor, que tiveram alta no mês passado.

"Ainda não é garantia de que chegamos ao final do poço, porque estamos em níveis muito baixos das séries históricas de vários indicadores. Mas, pelo menos, a percepção é de que a expectativa é 'não dá para piorar mais'", disse.

Picchetti informou que os componentes como o Ibovespa, a produção de bens de capital duráveis e o quantum de exportações estão pressionando o indicador.

"No caso do quantum, só mostra o quanto o comércio mundial está se recuperando de forma lenta", ressaltou.

Já o comportamento do Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais, que recuou 0,2% em janeiro, interrompendo dois meses anteriores de aumento, reforça que a situação ainda é de retração econômica.

"Precisamos observar se não houve oscilação pontual negativa, ou mesmo as oscilações positivas dos meses anteriores", disse.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra

Salário mínimo de R$ 1.518 em 2025 depende de sanção de nova regra e de decreto de Lula

COP29 em Baku: Um mapa do caminho para o financiamento da transição energética global

Brasil abre 106.625 postos de trabalho em novembro, 12% a menos que ano passado