Economia

Alta da inflação em setembro é a maior dos últimos 5 meses

O índice oficial de preços em setembro, que não era tão alto desde abril, quando registrou 0,64%, superou em 0,41% o registrado no mês de agosto


	Seção de produtos de limpeza em supermercado: segundo o IBGE, a inflação de setembro voltou a ser pressionada pelos preços dos alimentos, que subiram um 1,26%
 (Lia Lubambo/EXAME)

Seção de produtos de limpeza em supermercado: segundo o IBGE, a inflação de setembro voltou a ser pressionada pelos preços dos alimentos, que subiram um 1,26% (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 14h50.

Rio de Janeiro - A alta de 0,57% na inflação oficial em setembro, medida pelo IPCA, superou em quatro décimos os números registrados no mesmo mês do último ano e foi a mais alta dos últimos cinco meses, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O índice oficial de preços em setembro, que não era tão alto desde abril, quando registrou 0,64%, superou em 0,41% o registrado no mês de agosto.

Apesar em alta no mês de setembro, a inflação acumulada entre janeiro e setembro foi de 3,77%, um número inferior aos 4,97% dos nove primeiros meses de 2011.

Já o índice anualizado chegou aos 5,28%, dois pontos percentuais a menos que os 7,31% medido entre outubro de 2010 e setembro de 2011.

Os resultados apresentados hoje são compatíveis com a meta do governo, que espera terminar o ano com uma inflação de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais.

Enquanto o Banco Central projeta para este ano uma inflação de 5,2%, os economistas das instituições financeiras prevêem 5,36%, sendo que a inflação de 2011 foi de 6,50%, a maior desde 2004, quando alcançou 7,60%.

Segundo o IBGE, a inflação de setembro voltou a ser pressionada pelos preços dos alimentos, que subiram um 1,26%.

Entre os produtos que mais subiram, aparecem a carne bovina (2,27%), o arroz (8,21%), o pão (3,17%) e a carne de frango (4,66%).

A aceleração dos preços em setembro põe em dúvida a política do Banco Central de reduzir gradualmente as taxas de juros para incentivar o crescimento econômico, que no primeiro semestre do ano registrou apenas 0,6%.

No último mês de agosto, a autoridade monetária reduziu os juros básicos até 7,5% anual, o menor nível já registrado. 

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