Economia

Alimentos preferidos em festas juninas têm alta de 2,7%, diz FGV

O item que mais contribuiu para puxar a inflação para baixo foi a batata-inglesa, com queda de 45,63%

Festas Juninas: os ingredientes juninos no ano passado mostravam média de alta de 18,5% (Carla Nichiata/Thinkstock/Thinkstock)

Festas Juninas: os ingredientes juninos no ano passado mostravam média de alta de 18,5% (Carla Nichiata/Thinkstock/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de junho de 2017 às 17h25.

O preço médio das comidas preferidas pelos brasileiros nessa época de festas juninas subiu 2,70%, abaixo da inflação acumulada em 12 meses, compreendidos entre junho de 2016 e maio deste ano, que atingiu 4,05% pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O item que mais contribuiu para puxar a inflação para baixo foi a batata-inglesa, com queda de 45,63%.

Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

O economista André Braz, responsável pela pesquisa de preços e coordenador do IPC da FGV, lembrou que no ano passado a batata-inglesa teve alta muito forte (85,52%).

"Boa parte dos itens selecionados estava com aumento de dois dígitos", disse.

Os ingredientes juninos no ano passado mostravam média de alta de 18,5%. "Este ano (2017), foi muito mais baixo", disse Braz.

"Como a cesta é basicamente composta por alimentos que se valeram da safra positiva que nós tivemos agora para vários itens, houve espaço então para esse aumento menor, que ficou abaixo da inflação média. Em termos reais, esses itens nem caros ficaram".

No ano passado, a inflação média estava em 9,15% e a cesta junina correspondia ao dobro da inflação, disse o economista. Já este ano, a cesta se situa pouco menos da metade da inflação acumulada em 12 meses.

Condições

André Braz observou que apesar de os alimentos não terem subido tanto, as condições do mercado de trabalho são ainda desfavoráveis ao consumo.

"Tem muita gente aí sem emprego". Por isso, recomendou que "mesmo que alguns alimentos não tenham aumentado os custos da compra no supermercado, a dificuldade em comprá-los cresce devido ao desemprego".

Usar a criatividade é sempre bem-vinda nesses momentos, sugeriu.

Segundo o economista, os consumidores devem fazer pesquisa de preços, substituindo produtos de marcas mais conhecidas, mais caros, por marcas menos conhecidas, mas que mantenham boa qualidade e podem ser consumidos com tranquilidade.

"Pesquisar muito antes de comprar e evitar gastos desnecessários fora de casa", recomendou.

De acordo com a pesquisa de preços do Ibre-FGV, pressionaram a inflação nesse período de festas juninas para baixo, além da batata-inglesa, a couve (-7,52%), a mandioca (-5,90%) e a farinha de trigo (-4,47%).

Já o fubá de milho e a farinha de mandioca apresentaram os maiores aumentos no período, da ordem de 17,83% e 16,81%, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAlimentosFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética