Alimentos mais caros pressionam inflação ao consumidor, diz FGV
O grupo Alimentação passou de uma queda de 0,31% em março para um avanço de 0,20% em abril
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de abril de 2018 às 11h58.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 12h00.
Rio - As famílias gastaram mais em abril com alimentação, o que pressionou a inflação ao consumidor no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), informou nesta segunda-feira, 16, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,28% em abril, após um avanço de 0,10% em março. Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Alimentação, que passou de uma queda de 0,31% em março para um avanço de 0,20% em abril. As frutas aumentaram 6,29% em abril, depois de uma alta de 0,84% no mês anterior.
Os demais acréscimos ocorreram nos grupos Habitação (de 0,15% para 0,36%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,27% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,37% para 0,59%), Vestuário (de -0,08% para 0,39%) e Comunicação (de 0,00% para 0,03%). Houve influência dos itens tarifa de eletricidade residencial (0,66% para 1,69%), salas de espetáculo (de 0,03% para 1,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,26% para 0,47%), roupas (de -0,07% para 0,74%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,05% para 0,67%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 0,69% para 0,22%) e Despesas Diversas (de 0,17% para 0,03%), sob impacto da gasolina (de 0,95% para -0,03%) e alimentos para animais domésticos (de 0,73% para -0,31%).
INCC-10
Os materiais de construção subiram mais em abril, pressionando a inflação do setor dentro do IGP-10, divulgado pela FGV.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) registrou elevação de 0,30% em abril, ante uma alta de 0,12% em março.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve aumento de 0,56% em abril, contra um avanço de 0,27% no mês anterior. Já o índice que representa o custo da mão de obra cresceu 0,08% em abril, depois de ter ficado estável na leitura do mês anterior (0,0%).