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Alckmin teria feito reforma da Previdência antes da PEC do teto

"A reforma da Previdência é necessária. Ao invés de votar a PEC do teto, eu teria feito primeiro a reforma da Previdência"

Geraldo Alckmin: antes da aprovação da PEC do Teto, governador chegou a criticar proposta (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de março de 2017 às 14h02.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, 3, que a reforma da Previdência enviada pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB), ao Congresso Nacional precisa ser "discutida, debatida e aperfeiçoada".

Ao ressaltar que a reforma é necessária e urgente, o governador falou que, se estivesse no lugar de Temer, teria encaminhado a proposta antes da PEC do teto de gastos, no ano passado.

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"A reforma da Previdência é necessária. Eu até teria feito no ano passado. Ao invés de votar a PEC do teto, eu teria feito primeiro a reforma da Previdência e este ano a PEC do teto, mas são duas reformas importantes", disse o governador, durante uma cerimônia de inauguração de obras de reforma do Complexo Hospitalar Padre Bento, em Guarulhos.

No ano passado, antes que o teto de gastos fosse aprovado pelo Congresso, Alckmin chegou a dizer que a proposta de Temer poderia acabar com o investimento público no País.

Alckmin disse que alguns pontos da reforma da Previdência precisam ser discutidos. Ele defendeu que o salário mínimo seja mantido como piso.

Pela proposta de Temer, pensões por morte se desvincularão do salário mínimo. "Se o salário é mínimo, como você vai ter alguém ganhando menos? Não há essa hipótese", disse o governador.

O tucano reforçou que é preciso mexer nas regras da Previdência para o setor público, argumentando que no regime geral do INSS ninguém ganha mais que R$ 5 mil, enquanto que no setor público o mais pobre paga por aposentadorias e pensões de R$ 40 mil de alguns. "É um Robin Hood às avessas. Precisa corrigir isso", disse.

Reforma trabalhista

Alckmin também defendeu a reforma trabalhista, que está igualmente em discussão no Congresso. Ele disse que a tecnologia e as modernização nas empresas e no campo exigem uma atualização da legislação, considerada por ele como "ultrapassada".

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