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Agronegócio que se preocupa com imagem deveria ajudar Amazônia, diz Salles

Para ministro da Agricultura, setor deveria partilhar parte de sua receita com exportações para ajudar a preservar meio ambiente

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Ricardo Salles: segundo Salles, o proprietário de terras na Amazônia só pode explorar economicamente 20% de sua área, em muitos casos, tornando inviável a sua sobrevivência (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ricardo Salles: segundo Salles, o proprietário de terras na Amazônia só pode explorar economicamente 20% de sua área, em muitos casos, tornando inviável a sua sobrevivência (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de agosto de 2020 às, 11h26.

Última atualização em 26 de agosto de 2020 às, 12h15.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta terça-feira, 25, ser fundamental que a iniciativa privada participe da conservação da Amazônia.

Em videoconferência promovida pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) sobre a ocupação da região, Salles destacou que o agronegócio exportador que se beneficia da Amazônia e quer preservar sua imagem de sustentabilidade frente ao mundo, deveria "partilhar parte de sua receita com exportações" para ajudar a preservar a região.

Segundo Salles, o proprietário de terras na Amazônia só pode explorar economicamente 20% de sua área, em muitos casos, tornando inviável a sua sobrevivência.

Para ele ter incentivo de manter intacta a floresta, a iniciativa privada deveria colaborar. E não só o setor agropecuário, conforme o ministro. "Quem não vive na Amazônia mas dela se beneficia deveria colaborar com essa preservação", enfatizou.

De outro modo, ele disse que o sistema até então vigente de atuação na região de verbas estatais e do terceiro setor "claramente não deu certo e não reduziu a pobreza na região". "Muita gente fez palestra, viajou (em função das ações na Amazônia), mas a região continuou pobre."

 

Assim, para Salles, qualquer plano que se fizer sobre a Amazônia além de se respeitarem as particularidades de cada região dentro do bioma, deve levar em conta o reconhecimento do papel da iniciativa privada no desenvolvimento e na conservação da Amazônia.

"Vivemos muitos anos com visão de planejamento estatal e destinação de recursos estatais ou de captação internacional (como o Fundo Amazônia) mas, mesmo assim, geridos por governos", lembrou o ministro. "E houve uma espécie de desconsideração, na prática, do papel do setor privado na Amazônia."

Segundo ele, para atrair o capital privado à região, deve-se garantir inicialmente a segurança jurídica quanto à questão fundiária da região, regularizando a posse de terra.

"Em segundo lugar, deve-se remunerar a reserva legal por meio do pagamento por serviços ambientais, e isso está num programa recentemente lançado pelo governo, o Floresta Mais", disse, e mencionou novamente a necessidade de quem se beneficia do bioma mas nele não reside, contribuir. "Se o Brasil como um todo e o resto do mundo se beneficiam da Amazônia, nada mais natural do que pagar por isso; porque estão usufruindo", finalizou.

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