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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O otimismo dos consumidores quanto ao crescimento da economia brasileira diminuiu. Divulgado hoje, o Índice Nacional de Confiança (INC), calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), caiu em junho pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 143 pontos, abaixo dos 150 pontos alcançados em março, recorde da série histórica do indicador.
A queda, de acordo com a entidade, foi sentida em todas as classes sociais, que estão cautelosas quanto ao atual cenário econômico no Brasil. O INC varia de zero a 200 pontos, revelando otimismo acima dos 100 pontos e pessimismo abaixo desse nível.
A pesquisa da ACSP é realizada em 1 mil domicílios do País, distribuídos em nove regiões metropolitanas. O presidente da entidade, Alencar Burti, lembra que o índice ainda indica otimismo (acima dos 100 pontos), mas observa que os consumidores estão mais receosos em comparação ao início deste ano. "Os entrevistados estão um pouco mais cautelosos quanto a uma melhora da economia nos próximos seis meses", observa. Burti ressalta que diminuiu o número de entrevistados que se consideram otimistas, mas permaneceu igual o número de pessimistas, sendo que há ainda a categoria neutra. "O novo ciclo de alta de juros e a crise na Europa devem ter influenciado o índice", acredita.
O indicador mostra que a classe D/E puxou a queda do indicador. O INC desse grupo caiu de 137 pontos em maio para 130 pontos. A classe C, a mais otimista entre os estratos pesquisados, passou dos 153 pontos para 151 em junho. O grupo no topo da pirâmide social, o A/B, também sofreu queda de 2 pontos: de 135 para 133. Na análise por regiões do País, o Norte e o Centro-Oeste são as áreas mais otimistas, com 157 pontos, seguidas pelas regiões Sul e Sudeste (151) e Nordeste (120). "A queda na Região Nordeste foi de 13 pontos, provavelmente pelo efeito das enchentes na região", explica Burti.
O levantamento também perguntou aos consumidores sobre emprego e consumo nos próximos meses. De acordo com o indicador, 41% dos entrevistados disseram estar seguros quanto à oferta de emprego, contra 19% que reconheceram estar pouco confiantes. A porcentagem de pessoas que pretendem comprar eletrodomésticos nos próximos meses foi de 49%, enquanto 44% disseram estar pouco seguras para fazer grandes compras.
Quanto ao desempenho da economia, 42% dos entrevistados acreditam que o mercado ficará mais forte nos próximos seis meses e 57% acreditam que sua situação financeira tende a melhorar no mesmo período, contra 5% que acreditam que deve piorar.