Economia

Acadêmicos fazem críticas à reforma da Previdência e CPMF

De acordo com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro entre as políticas fiscal e monetária no atual governo


	Nelson Barbosa: de acordo com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro entre as políticas fiscal e monetária no atual governo
 (José Cruz/ABr)

Nelson Barbosa: de acordo com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro entre as políticas fiscal e monetária no atual governo (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 16h37.

São Paulo - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Carlos de Castro Pires, ouviu nesta segunda-feira, 22, durante reunião com economistas de universidades críticas à reforma da Previdência, nos termos que têm sido colocados.

Também foram feitas críticas à intenção do governo de recriar a CPMF. As informações foram dadas ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) pelo professor de economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda.

De acordo com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro entre as políticas fiscal e monetária no atual governo.

"Eu mesmo coloquei para o secretário que os efeitos da política monetária impedem o acerto na política fiscal", disse Lacerda.

O professor acrescentou que o aumento da Selic acaba encarecendo o custo da dívida, retirando do sistema recursos que poderiam ser destinados a investimentos, o que prejudica a arrecadação.

Quanto ao retorno da CPMF, segundo Lacerda, os economistas disseram ao secretário que o governo deveria atacar outras frentes, como as reformas estruturais.

Segundo ele, a reunião de hoje cumpre promessa anterior do Ministério da Fazenda, de se encontrar com economistas da academia.

E um novo encontro, de acordo com Lacerda, será agendado.

Lacerda afirmou ainda que o secretário agiu como se já esperasse receber críticas em relação às políticas que estão sendo adotadas.

Pires não respondeu às críticas, mas fez anotações e disse que as levaria ao ministério.

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