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4 economistas fazem suas projeções para 2013

Expectativa para o crescimento da economia varia entre 3% e 3,5%

Para a inflação, a projeção dos economistas fica acima do centro da meta (4,5%) mas abaixo do teto, de 6,5% (Montagem)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 06h17.

São Paulo – A economia brasileira terá que enfrentar o desafio de crescer mais em 2013. Ao que tudo indica, em 2012, o crescimento do PIB não vai chegar perto dos 4% que um dia o governo quis e nem dos cerca de 3,5% que alguns economistas acreditavam que o país conseguiria. Com o passar do ano, as previsões foram caindo, até chegarem a 1%, como indicou o último Boletim Focus.

EXAME.com ouviu quatro especialistas para saber suas projeções para os principais indicadores econômicos em 2013. Alguns deles já haviam feito essas projeções há um ano atrás, tentando acertar o que iria acontecer em 2012. Selic, câmbio e PIB surpreenderam.

No próximo ano, com a queda da previsibilidade da política econômica, é difícil dizer qual desses indicadores pode surpreender mais, segundo Maílson da Nóbrega. “Quando quase tudo depende da vontade do governo, qualquer cenário é possível”, disse. O economista acredita que o PIB pode ser o destaque, ficando abaixo de 3%.

O principal indicador a observar ano que vem será a atividade, segundo Sérgio Vale, economista da MB Associados. “Se vier de fato novamente fraco como esperamos, a presidente terá um último ano para entregar algo razoável antes da eleição, o que leva ao risco de exageros de politica econômica também, com ainda mais pacotes que não deverão funcionar”, disse.

PIB

O PIB de 2012 dificilmente será maior ou igual a 3,2% como apontavam as projeções do final de 2011. Essa é a mesma base esperada para o crescimento da economia em 2013. Entre os economistas consultados, Sérgio Vale, projeta um crescimento de 3%. Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, espera a maior expansão, 3,5%.

Para Vale, dificilmente o investimento vai retomar a intensidade necessária em 2013. “Os investidores esperarão os resultados efetivos dos planos de concessão, para ver se de fato funcionarão, mas também entrará na sua conta a perspectiva de um país que na média vai crescer menos do que era dito para eles. Antes esses investidores trabalhavam com um cenário de crescimento forte e hoje teremos três anos seguidos de crescimento fraco que assustam o investidor”, disse.

Para Octavio de Barros, o PIB é a variável que mais pode surpreender. “Se, por um lado, há restrições de oferta que podem impedir uma expansão mais forte no médio prazo, por outro, temos uma economia com um estoque elevado de estímulos acumulados que, diante de um quadro global eventualmente mais favorável do que o imaginado, podem resultar em crescimento maior do que o previsto”, afirmou.

EconomistaPIB (crescimento)
Ilan Goldfajn3,2%
Maílson da Nóbrega3,2%
Octavio de Barros3,5%
Sérgio Vale3%

Inflação

“Continua valendo que a inflação ainda será um problema”, disse Sérgio Vale. A projeção dos economistas fica acima do centro da meta (4,5%) mas abaixo do teto, 6,5%. “Se por um lado a aceleração prevista para o crescimento deverá pressionar os preços, em um ambiente de mercado de trabalho que continuará apertado, por outro as desonerações na área de energia elétrica deverão aliviar parte dessa pressão”, afirmou Octavio de Barros.

EconomistaIPCA
Ilan Goldfajn5,5%
Maílson da Nóbrega--
Octavio de Barros5,3%
Sérgio Vale6%

Selic

No final de 2011, os quatro economistas consultados por EXAME.com haviam projetado a Selic entre 9% e 9,5% no final de 2012. A taxa começou o ano em 11% e fechou em 7,25%, tendo registrado queda em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária, com exceção da última, em novembro, que optou pela manutenção da taxa, interrompendo mais de um ano de cortes. Com exceção do Itaú, a projeção agora é de manutenção da taxa básica de juros.

EconomistaSelic
Ilan Goldfajn6,25%
Maílson da Nóbrega7,25%
Octavio de Barros7,25%
Sérgio Vale7,25%

Câmbio

Em 2011, as projeções para o câmbio em 2012 variaram de 1,65 (real/dólar) a 1,8. Agora, após um ano de grande destaque do câmbio – e da atuação do governo - a base é 2,0 (real/dólar)

“Se o comportamento da economia se mantiver ruim o aprofundamento do câmbio pode ocorrer, mas não nos parece que será em 2013 por enquanto”, disse Sérgio Vale.

EconomistaCâmbio (real/dólar)
Ilan Goldfajn2,15
Maílson da Nóbrega2,20
Octavio de Barros2,10
Sérgio Vale2

Balança Comercial

Na balança comercial, Maílson da Nóbrega tem a menor projeção: 15 bilhões de dólares. Octávio de Barros tem a maior: 24,8 bilhões de dólares. “Ampliação do saldo comercial deverá responder à aceleração do crescimento mundial (com impacto sobre a demanda pelos nossos produtos e os preços das nossas exportações), sob um contexto de crescimento da nossa safra agrícola”, afirmou o economista-chefe do Bradesco.

EconomistaBalança Comercial
Ilan GoldfajnUS$ 20 bilhões
Maílson da NóbregaUS$ 15 bilhões
Octavio de BarrosUS$ 24,8 bilhões
Sérgio ValeUS$ 18, 7 bilhões

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São Paulo – A economia brasileira terá que enfrentar o desafio de crescer mais em 2013. Ao que tudo indica, em 2012, o crescimento do PIB não vai chegar perto dos 4% que um dia o governo quis e nem dos cerca de 3,5% que alguns economistas acreditavam que o país conseguiria. Com o passar do ano, as previsões foram caindo, até chegarem a 1%, como indicou o último Boletim Focus.

EXAME.com ouviu quatro especialistas para saber suas projeções para os principais indicadores econômicos em 2013. Alguns deles já haviam feito essas projeções há um ano atrás, tentando acertar o que iria acontecer em 2012. Selic, câmbio e PIB surpreenderam.

No próximo ano, com a queda da previsibilidade da política econômica, é difícil dizer qual desses indicadores pode surpreender mais, segundo Maílson da Nóbrega. “Quando quase tudo depende da vontade do governo, qualquer cenário é possível”, disse. O economista acredita que o PIB pode ser o destaque, ficando abaixo de 3%.

O principal indicador a observar ano que vem será a atividade, segundo Sérgio Vale, economista da MB Associados. “Se vier de fato novamente fraco como esperamos, a presidente terá um último ano para entregar algo razoável antes da eleição, o que leva ao risco de exageros de politica econômica também, com ainda mais pacotes que não deverão funcionar”, disse.

PIB

O PIB de 2012 dificilmente será maior ou igual a 3,2% como apontavam as projeções do final de 2011. Essa é a mesma base esperada para o crescimento da economia em 2013. Entre os economistas consultados, Sérgio Vale, projeta um crescimento de 3%. Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, espera a maior expansão, 3,5%.

Para Vale, dificilmente o investimento vai retomar a intensidade necessária em 2013. “Os investidores esperarão os resultados efetivos dos planos de concessão, para ver se de fato funcionarão, mas também entrará na sua conta a perspectiva de um país que na média vai crescer menos do que era dito para eles. Antes esses investidores trabalhavam com um cenário de crescimento forte e hoje teremos três anos seguidos de crescimento fraco que assustam o investidor”, disse.

Para Octavio de Barros, o PIB é a variável que mais pode surpreender. “Se, por um lado, há restrições de oferta que podem impedir uma expansão mais forte no médio prazo, por outro, temos uma economia com um estoque elevado de estímulos acumulados que, diante de um quadro global eventualmente mais favorável do que o imaginado, podem resultar em crescimento maior do que o previsto”, afirmou.

EconomistaPIB (crescimento)
Ilan Goldfajn3,2%
Maílson da Nóbrega3,2%
Octavio de Barros3,5%
Sérgio Vale3%

Inflação

“Continua valendo que a inflação ainda será um problema”, disse Sérgio Vale. A projeção dos economistas fica acima do centro da meta (4,5%) mas abaixo do teto, 6,5%. “Se por um lado a aceleração prevista para o crescimento deverá pressionar os preços, em um ambiente de mercado de trabalho que continuará apertado, por outro as desonerações na área de energia elétrica deverão aliviar parte dessa pressão”, afirmou Octavio de Barros.

EconomistaIPCA
Ilan Goldfajn5,5%
Maílson da Nóbrega--
Octavio de Barros5,3%
Sérgio Vale6%

Selic

No final de 2011, os quatro economistas consultados por EXAME.com haviam projetado a Selic entre 9% e 9,5% no final de 2012. A taxa começou o ano em 11% e fechou em 7,25%, tendo registrado queda em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária, com exceção da última, em novembro, que optou pela manutenção da taxa, interrompendo mais de um ano de cortes. Com exceção do Itaú, a projeção agora é de manutenção da taxa básica de juros.

EconomistaSelic
Ilan Goldfajn6,25%
Maílson da Nóbrega7,25%
Octavio de Barros7,25%
Sérgio Vale7,25%

Câmbio

Em 2011, as projeções para o câmbio em 2012 variaram de 1,65 (real/dólar) a 1,8. Agora, após um ano de grande destaque do câmbio – e da atuação do governo - a base é 2,0 (real/dólar)

“Se o comportamento da economia se mantiver ruim o aprofundamento do câmbio pode ocorrer, mas não nos parece que será em 2013 por enquanto”, disse Sérgio Vale.

EconomistaCâmbio (real/dólar)
Ilan Goldfajn2,15
Maílson da Nóbrega2,20
Octavio de Barros2,10
Sérgio Vale2

Balança Comercial

Na balança comercial, Maílson da Nóbrega tem a menor projeção: 15 bilhões de dólares. Octávio de Barros tem a maior: 24,8 bilhões de dólares. “Ampliação do saldo comercial deverá responder à aceleração do crescimento mundial (com impacto sobre a demanda pelos nossos produtos e os preços das nossas exportações), sob um contexto de crescimento da nossa safra agrícola”, afirmou o economista-chefe do Bradesco.

EconomistaBalança Comercial
Ilan GoldfajnUS$ 20 bilhões
Maílson da NóbregaUS$ 15 bilhões
Octavio de BarrosUS$ 24,8 bilhões
Sérgio ValeUS$ 18, 7 bilhões
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