Petróleo: balanço entre oferta e demanda deve ficar mais apertado no próximo ano (Benjamin Lowy/Getty Images)
Reuters
Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 10h49.
Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 10h50.
São Paulo — O JP Morgan elevou nesta terça-feira (16), suas perspectivas para os preços do petróleo e projetou que o balanço entre oferta e demanda deve ficar mais apertado no próximo ano, em meio ao aprofundamento de cortes de produção pela Opep e aliados e um crescimento econômico mais forte em mercados emergentes.
O banco de investimento revisou a previsão para a cotação do petróleo Brent em 2020 para 64,5 dólares por barril, ante 59 dólares anteriormente, embora preveja uma queda para 61,50 dólares em 2021.
Os preços do petróleo nos EUA (WTI) foram vistos em trajetória semelhante, com média de 60 dólares por barril em 2020 e 57,50 dólares em 2021, disse o JP Morgan.
O fim da incerteza eleitoral no Reino Unido e a trégua comercial entre Estados Unidos e China, assim como o desaparecimento de ventos contrários em alguns dos maiores mercados emergentes melhoraram as perspectivas de crescimento global para o próximo ano, segundo o banco.
"Em contraste com nossa previsão de setembro de que o mercado global de petróleo teria superávit de 0,6 milhão de barris por dia (bpd) em média em 2020, nós agora estimamos que o mercado terá déficit de 0,2 milhão de bpd", apontou o JP Morgan.
O banco continua a esperar crescimento global da demanda por petróleo de 1 milhão de bpd, mas levou em consideração o aprofundamento de cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados incluindo a Rússia, que concordaram em restrições adicionais de 500 mil bpd à oferta no primeiro trimestre de 2020.