Economia

10 países com maiores impostos e menor retorno para a população

Brasil lidera lista dos países com pior retorno à população do dinheiro arrecadado com impostos

Impostômetro, em São Paulo: país arrecada demais e oferece baixo retorno em serviços à população (Divulgação/EXAME.com)

Impostômetro, em São Paulo: país arrecada demais e oferece baixo retorno em serviços à população (Divulgação/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 08h02.

São Paulo – Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, dentre 30 países pesquisados, o Brasil é que oferece o pior retorno em benefícios à população dos valores arrecadados por meio dos impostos.

O levantamento avaliou os países com as maiores cargas tributários do mundo, relacionando estes dados ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada nação. O resultado é expresso no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES).

No Brasil, a carga tributária equivale a 35,13% do PIB. Em 2011, o IRBES do país foi de 135,83 pontos, o pior resultado no grupo de 30 economias pesquisadas. Itália, Bélgica e Hungria vêm em seguida no ranking (veja abaixo as 10 primeiras posições).

Nações como Grécia, Uruguai e Argentina estão bem à frente do Brasil no que se refere ao retorno à população dos impostos arrecadados. O melhor resultado é o da Austrália, que tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, com um índice de retorno de 164,18 pontos.

Países como Dinamarca, Noruega e Finlândia, conhecidos por oferecer serviços de alta qualidade a suas populações, entram na lista dos piores retornos por causa da elevada carga tributária. “O que puxa o índice é a carga de impostos. Dinamarca e Suécia arrecadam muito e, mesmo assim, não estão entre os primeiros quando se trata do IDH”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

A Austrália tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, quase metade da dinamarquesa (44,06% do PIB). O IDH australiano, entretanto, é de 0,929, enquanto que o da Dinamarca é de 0,895. “Países que oferecem melhores retornos à população, como no caso da Austrália, conseguem manter um IDH elevado com menos recursos do que, por exemplo, a Dinamarca e a Noruega”, diz Olenike.

País Carga Tributária (% PIB) IDH IRBES
Brasil 35,13% 0,718 135,83
Itália 43,00% 0,874 139,84
Bélgica 43,80% 0,886 139,94
Hungria 38,25% 0,816 140,37
França 43,15% 0,884 140,52
Dinamarca 44,06% 0,895 140,41
Suécia 44,08% 0,904 141,15
Finlândia 42,10% 0,882 141,56
Áustria 42,00% 0,885 141,93
Noruega 42,80% 0,943 145,94
Acompanhe tudo sobre:América LatinaAustráliaDados de BrasilDesenvolvimento econômicoDinamarcaEuropaIDHImpostosLeãoNoruegaPaíses ricos

Mais de Economia

Cuba anuncia novo regime cambial com 'maior flexibilidade'

Cepal aumenta previsão de crescimento do PIB da América Latina para 2,2% em 2024

Mercado de eletrodomésticos inteligentes na China crescerá 7,8% em 2025