Ciência

Zoológico galáctico: A ideia que explica por que não vemos extraterrestres

A hipótese é a de que 'os alienígenas estão observando os humanos na Terra, da mesma forma que observamos animais no zoológico'

Ilustração digital mostra ser humanoide olhando para o céu (Apostoli Rossella/Getty Images)

Ilustração digital mostra ser humanoide olhando para o céu (Apostoli Rossella/Getty Images)

Embora a humanidade tenha procurado por vestígios de vida extraterrestre inteligente por décadas, não há evidência de que ela esteja por ai —  apesar das bilhões de estrelas ao redor.

Uma possível resposta para tamanha solidão seria a de que alienígenas estão observando a Terra como parte de seu "zoológico galáctico".

Esta hipótese diz que há civilizações lá fora que sabem tudo sobre os humanos, mas intencionalmente se escondem, o que explicaria o motivo pelo qual programas espaciais nunca terem tido contato com nenhum sinal de vida inteligente.

A ideia geral da "teoria do zoológico" não é nova: na verdade foi publicada na revista científica "Icarus" em 1973 pelo astrônomo John A. Ball. No entanto, ela foi revisitada recentemente no workshop baseado em Paris, onde os participantes especularam que os alienígenas poderiam estar mantendo os terráqueos em alguma forma de "quarentena espacial" para não interferir ou destruir o seu "habitat".

Também, é possível que os alienígenas simplesmente não sejam capazes de compreender as comunicações humanas ou que estejam muito distantes, bem como a hipótese de que eles simplesmente não estão interessados ​​na Terra.

Esse ideia é vista como uma resposta séria para o célebre Paradoxo de Fermi, elaborado em 1950 pelo físico italiano Enrico Fermi (1901-1954). No qual o cientista parte da ideia de que a Terra seria só mais um entre incontáveis mundos presentes no universo

Para tal, ele elaborou uma equação baseada em observações do sistema solar. Assim, chegou à conclusão de que algo como 1% dos planetas que existem cosmo afora poderia abrigar seres vivos. Levando-se em consideração que haja no universo 70 sextilhões de estrelas, isso daria, por estimativas, 100 planetas para cada grão de areia que existe na Terra.

Se aquele 1% tiver vida, chega-se à definição de que há um corpo celeste com seres vivos para cada grãozinho de areia. No entanto, não há sinais deles: eis o paradoxo.

Considerando a indicação anedótica dada por filmes de ficção científica, em que a humanidade é oprimida pela chegada de vida extraterrestre e acaba reagindo em pânico, é um bom sinal que os alienígenas fiquem só olhando.

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