Menina observa eclipse solar em Bangkok, dia 21/6/2020 (Athit Perawongmetha/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de junho de 2020 às 11h50.
Última atualização em 22 de junho de 2020 às 12h39.
Muitas pessoas na África e Ásia contemplaram neste domingo, em pleno solstício de verão, um eclipse solar do tipo "círculo de fogo", apesar das restrições impostas pelo coronavírus e as condições climáticas em geral pouco favoráveis.
O fenômeno astronômico, que acontece apenas uma ou duas vezes por ano, começou pouco depois do nascer do sol no centro do continente africano, atravessando a República Democrática do Congo, Sudão do Sul e o norte da Etiópia.
Avançou para finalizar no Oceano Pacífico, ao sul da ilha de Guam, às 9H32 GMT (6H32 de Brasília), depois de atravessar a Índia e a China em particular.
Neste tipo de eclipse, a Lua passa diante do Sol, em alinhamento com a Terra de maneira perfeita o suficiente para ocultá-lo. Mas isso não acontece totalmente, como ocorre quando o eclipse é total: como a Lua não está tão próxima da Terra, este é um eclipse anular, que no seu ponto máximo deixa um anel visível ao redor do Sol, chamado "círculo de fogo". "
Em Nairóbi, capital do Quênia, as nuvens prejudicaram a visibilidade e os moradores conseguiram observar apenas um eclipse parcial.
"Apesar de tudo, foi muito emocionante. Sou obcecada por eclipses. É uma das coisas que me levou a ter interesse por astronomia", declarou à AFP Susan Murabana, fundadora ao lado do marido do programa educativo "Travelling telescope".
Ela compartilhou várias imagens nas redes sociais.As restrições impostas pela pandemia do coronavírus impediram a presença de muitas pessoas no lago Magadi.
A mesma situação aconteceu no Sri Lanka, onde o planetário permaneceu fechado para evitar aglomerações.
Apenas 15 estudantes foram autorizados a se reunir ao redor de um telescópio na Universidade de Colombo, capital do país. Eles transmitiram as imagens do eclipse no Facebook
Nos países do Golfo, a observação do fenômeno foi prejudicada pela umidade e a poeira, provocadas pelo calor do verão (hemisfério norte).
Apenas 2% da superfície da Terra foi afetada pela fase total do eclipse, o que o transformou em um fenômeno excepcional.
Este é menos espetacular que um eclipse total, onde o espaço que a Lua ocupa no céu corresponde exatamente ao espaço que o Sol ocupa, o que provoca a noite, como foi observado no Chile, Argentina e Uruguai em julho de 2019.
Veja o vídeo: