Rússia enviará macaco em sua próxima expedição a Marte
Antes da missão, o animal terá que se submeter a testes de falta de gravidade e radiação cósmica
EFE
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 15h01.
Moscou - A Rússia anunciou nesta quinta-feira que enviará um macaco a Marte em sua próxima expedição ao planeta vermelho, embora a prioridade do programa especial russo seja conquistar a Lua no começo da próxima década.
"Prepararemos um macaco para viajar para Marte. Mas, por enquanto, a simulação vai acontecer na Terra", disse Sergei Orlov, diretor do Instituto Médico de Primatologia, com sede em Sochi (Mar Negro), à agência "Interfax".
Orlov afirmou que o animal terá que se submeter a testes de falta de gravidade e radiação cósmica no Centro de Física Nuclear de Dubna, na região de Moscou.
Ele destacou que seu instituto recebeu uma bolsa de estudos do Estado para dirigir experimentos com macacos, quando os cientistas russos pareciam ter descartado há anos as viagens espaciais com animais de médio e grande tamanho, como macacos e cachorros.
Nos últimos anos as naves russas somente transportaram ratos, já que seu genoma é muito similar ao do ser humano, segundo os especialistas.
O primeiro ser vivo a viajar ao espaço foi a cadela Laika, que em 1957 se tornou em precursora dos voos tripulados por astronautas, embora tenha morrido na tentativa.
As cadelas Belka e Strelka tiveram mais sorte, que retornaram sãs e salvas à Terra após dar 17 voltas ao redor de nosso planeta a bordo do Sputnik-5.
Ao longo da história, o programa espacial soviético e russo enviou uma dúzia de símios ao espaço, os primeiros deles Abrek e Bion em 1983, costume que se suspendeu em 1996.
A agência espacial russa, a Roscosmos, decidiu modificar sua estratégia centrada na conquista de Marte após o fracasso em 2011 da missão da sonda Fobos Grunt, que se propunha extrair amostras de uma das luas do planeta vermelho.
A Rússia se propõe enviar uma nave não tripulada à Lua em 2021 dentro do novo programa espacial aprovado no ano passado pelo governo e que inclui a possível construção de uma nova estação orbital.