Ciência

Pesquisadores usam IA para prever eficácia de antidepressivos em jovens

A Mayo Clinic usa inteligência artificial para identificar variações após o início do uso de antidepressivos em crianças e adolescentes

 (Carol Yepes/Getty Images)

(Carol Yepes/Getty Images)

LP

Laura Pancini

Publicado em 24 de março de 2022 às 08h00.

Pesquisadores da Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos, deram o primeiro passo para usar a inteligência artificial (IA) para prever os resultados iniciais do uso de antidepressivos em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior.

Eles identificaram variações em seis sintomas de depressão: dificuldade em se divertir, isolamento social, cansaço excessivo, irritabilidade, baixa autoestima e sentir-se deprimido. O estudo está publicado na revista científica The Journal of Child Psychology and Psychiatry.

A equipe avaliou os sintomas para prever os resultados de 10 a 12 semanas de farmacoterapia com antidepressivos:

  • Os seis sintomas foram previstos em quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de testes com fluoxetina, com precisão média de 73%;
  • Eles também foram previstos de quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de testes com duloxetina, com precisão média de 76%.
  • Nos pacientes testados com placebo, a precisão da previsão de resposta e remissão foi consideravelmente menor do que para antidepressivos, com 67%.

“O trabalho preliminar sugere que a IA é promissora para auxiliar as decisões clínicas ao informar aos médicos sobre a seleção, o uso e a dosagem de antidepressivos para crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior”, disse Paulo Croarkin, autor sênior do estudo e psiquiatra infantil da Mayo Clinic.

Esses resultados mostram o potencial da IA para garantir que crianças e adolescentes recebam um tratamento que tenha a maior probabilidade de oferecer os benefícios terapêuticos, com o mínimo de efeitos adversos.

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