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Novo método de microscopia eletrônica rende Nobel de Química

Os cientistas Jacques Dubochet, Joachim Frank e Richard Henderson desenvolveram a criomicroscopia, que simplifica e melhora a imagem de biomoléculas

Nobel de Química (Prêmio Nobel/Divulgação)
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EFE

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 07h56.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 08h20.

Copenhague - Os cientistas Jacques Dubochet, Joachim Frank e Richard Henderson receberam, nesta quarta-feira, o Prêmio Nobel de Química 2017, por desenvolver a "criomicroscopia eletrônica para a determinação estrutural de alta resolução de biomoléculas em soluções", anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia.

Os premiados, explicou o júri, desenvolveram a "criomicroscopia eletrônica", uma técnica que permite observar em alta resolução biomoléculas, "método que levou a bioquímica a uma nova era".

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"Os pesquisadores podem agora congelar biomoléculas" e "visualizar processos que nunca tinham visto antes, fato decisivo para o entendimento básico da química da vida e do desenvolvimento de medicamentos", argumenta a decisão.

Durante muito tempo se acreditou que os microscópios eletrônicos só eram adequados para analisar matéria morta, porque seu potente feixe de elétrons destrói o material biológico.

No entanto, em 1990 Henderson conseguiu gerar uma imagem tridimensional de uma proteína com resolução atômica graças a um microscópio eletrônico, evidenciando o potencial desta nova tecnologia.

Frank, por sua vez, conseguiu generalizar as aplicações desta nova tecnologia e desenvolveu um método para processar as imagens em duas dimensões e transformá-las em 3D.

Dubochet acrescentou água ao microscópio eletrônico - fato que até o momento não era possível porque trabalha no vácuo -, para isso vitrificando-a, esfriando-a tão rapidamente que se solidificou na sua forma líquida ao redor de uma amostra biológica, permitindo às biomoléculas conservar a sua forma natural inclusive no vácuo.

Nascidos em 1942 na Suíça, Dubochet é professor honorário de Biofísica na Universidade de Lausanne; seu colega Frank nasceu em 1940 em Siegen (Alemanha) e trabalha na Universidade de Columbia de Nova York, e Henderson, nascido na Escócia em 1945, é professor de Biologia Molecular na Universidade britânica de Cambridge.

O prêmio é de 9 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão), a ser dividido entre os premiados, depois que este ano a Fundação Nobel aumentou esse valor pela primeira vez em cinco anos.

Após o anúncio de hoje, amanhã será divulgado o nome do vencedor do Nobel de Literatura, e na sexta-feira o da Paz; o ganhador do Nobel de Economia será conhecido na próxima segunda-feira.

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