Ciência

Marte atinge ponto mais próximo da Terra; a próxima vez só em 2035

O que acontece é que a cada 15 anos, durante o verão marciano, o planeta fica mais próximo do Sol e também da órbita terrestre

Marte está o mais perto possível da Terra — mas isso não vai durar muito (MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Marte está o mais perto possível da Terra — mas isso não vai durar muito (MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 12h02.

Última atualização em 6 de outubro de 2020 às 12h03.

Marte está o mais perto da Terra possível, em um fenômeno que só vai acontecer novamente daqui a 15 anos, em 2035. Esta semana será o período no qual o planeta vermelho estará ainda mais próximo do nosso, posicionado quase que perfeitamente para ser visto pelos dois hemisférios e com um brilho intenso que permite que ele seja visto no céu à noite.

Na última sexta-feira, 2, um pontinho brilhante embaixo da Lua causou comoção nas redes sociais: e nada mais era do que Marte ao vivo e a cores.

O que acontece é que a cada 15 anos, durante o verão marciano, o planeta fica mais próximo do Sol e também da órbita terrestre. Nesta terça-feira, 6, o planeta estará a uma distância de 62,07 milhões de quilômetros da Terra.

Marte estará visível por boa parte da noite do céu no Sul, sendo que seu pico acontecerá em torno da meia-noite. Se Marte e a Terra tivessem órbitas perfeitamente circulares, a distância mínima entre os dois planetas seria sempre a mesma --- mas não é assim que funciona, uma vez que a órbita de ambos os planetas tem um formato parecido com o de um ovo.

 

Configuração da Terra, do Sol e de Marte durante a oposição (Nasa/Reprodução)

Apesar da proximidade, esse não é o número recorde que a Terra e Marte se encontraram tão de perto. Em 2003, o planeta vermelho ficou a 55,7 milhões de quilômetros do nosso --- um fenômeno que não acontecia há cerca de 60 mil anos. Agora, para vê-lo tão de perto novamente, só em 2287.

Mas a Nasa pede cuidado: Marte não ficará do tamanho da Lua em nosso céu. "Se isso fosse verdade, teríamos um grande problema, porque teríamos a gravidade da Terra, de Marte e da Lua", explica a agência americana.

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