Ciência

Imortalidade é matematicamente impossível, diz pesquisa dos EUA

Até agora, a ciência deixava aberta a possibilidade, se fosse possível encontrar uma maneira de fazer com que a seleção entre organismos fosse perfeita

Envelhecimento: o envelhecimento é matematicamente inevitável. Do ponto de vista lógico, teórico e matemático, não há escapatória (oneinchpunch/Thinkstock)

Envelhecimento: o envelhecimento é matematicamente inevitável. Do ponto de vista lógico, teórico e matemático, não há escapatória (oneinchpunch/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 08h13.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 09h18.

Washington - Biólogos da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, asseguram ter demonstrado matematicamente que vencer o envelhecimento é impossível, de acordo com um artigo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

"O envelhecimento é matematicamente inevitável. Do ponto de vista lógico, teórico e matemático, não há escapatória", disse Joanna Masel, professora de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade do Arizona.

Masel e seu colega Paul Nelson garantem que até agora a ciência deixava aberta a possibilidade de deter o envelhecimento, se fosse possível encontrar uma maneira de fazer com que a seleção entre organismos fosse perfeita através, por exemplo, da concorrência entre células.

No entanto, Masel e Nelson criaram uma equação matemática que dizem demonstrar que, em um contexto de concorrência, ou se acumulam as células inativas ou proliferam as células cancerosas.

"Portanto estamos presos entre permitir que estas células inativas se acumulem ou que as células cancerosas proliferem, e se fazemos uma, não podemos fazer a outra. Não se pode fazer ambas coisas ao mesmo tempo", destacou Nelson.

"É possível solucionar um problema, mas restará o outro. As coisas piorarão com o tempo, de uma destas duas maneiras ou de ambas: ou todas as suas células se tornarão mais lentas, ou você terá câncer", sentenciou Masel.

Os pesquisadores concluíram então que o envelhecimento é uma " verdade incontroversa" e "uma propriedade intrínseca do ser multicelular". EFE

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