Gatos gostam mais de humanos do que de comida
O estudo afirma que os animais não são blasé, a gente é que não sabe estimulá-los
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2017 às 17h15.
Última atualização em 28 de março de 2017 às 17h50.
“Eu gosto de cachorro, porque gato é muito blasé”.
Essa é a frase que, muito provavelmente, todo dono de gato deste planeta já ouviu.
Mas agora, amantes de gato, vocês têm uma nova aliada na luta para provar que, na verdade, os gatos são bichinhos muito amáveis: a velha companheira da SUPER, a ciência.
Um novo estudo da Universidade de Oregon está cravando: os gatos não só gostam dos humanos como, pasmem, gostam mais de humanos do que de comida.
Para provar isso, os cientistas americanos resolveram pegar 50 animais, (vindos tanto de abrigos como de casas) e os isolaram de tudo.
Isso significa que os felinos ficaram, por algumas horas, separados de qualquer tipo de estímulo, visual, olfativo, gustativo ou auditivo.
Depois disso, os animais eram colocados em uma sala dividida em quatro quadrantes, cada um com uma coisa para chamar a atenção do animal.
Em um canto havia um brinquedo do bichano, em outra um lenço com um cheiro que o bichinho gosta, em um terceiro lado havia comida, e, em outra ponta, um humano sentado.
Os resultados mostraram que em 50% dos casos os animais preferiram se aproximar da pessoa, enquanto só 37% dos animais preferiram o alimento.
O estudo ainda apontou que não houveram diferenças significativas entre os resultados dos gatos domésticos e os gatos de abrigo, e deu dicas das preferências dos felinos.
Os animais preferiram peixe a carne; e brinquedos que se mexem sozinhos do que objetos estáticos.
A ideia é que a pesquisa ajude a entender melhor o animal, para que seja possível avançar nos métodos de adestramentos de gatos e até para criar ambientes mais amigáveis à eles.
“A crença de que gatos não são muito sociáveis ou possíveis de treinar é bem comum. Mas essa falta de conexão talvez seja, em parte, pela falta de conhecimento sobre que tipo de estímulo esses animais preferem, e o que é mais impactante, quando se pensa em motivá-los”, afirmam os pesquisadores na conclusão do estudo.
A lição que fica é que não dá pra saber se o gato de Schrödinger estava vivo ou morto, mas dá pra chutar que muito provavelmente ele estava afim de um carinho.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante .