Ciência

Estudo que desbancou azitromicina contra covid-19 irá avaliar ivermectina

Estudo britânico demonstrou em janeiro que os antibióticos azitromicina e doxiciclina são ineficientes contra a covid-19

Proteínas das espículas do coronavírus (University of Southampton/Reprodução)

Proteínas das espículas do coronavírus (University of Southampton/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 22 de junho de 2021 às 20h49.

Última atualização em 23 de junho de 2021 às 12h40.

A Universidade de Oxford anunciou nesta terça-feira, 22, que vai incluir o medicamento antiparasitário ivermectina em uma lista de testes para averiguar se pode ser utilizado contra a Covid-19. A iniciativa é parte de um estudo apoiado pelo governo britânico, chamado de Principle.

O estudo já analisou outros medicamentos e apontou, em janeiro, que os antibióticos azitromicina e doxiciclina são ineficientes, de maneira geral, em estágios iniciais da Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores da Europa e dos Estados Unidos já se posicionaram contra o medicamento, apontando ineficácia. De acordo com a universidade, a escolha da ivermectina para entrar nos testes resultou da redução da replicação do vírus em estudos laboratoriais preliminares, o que não garante eficácia em testes clínicos. Apesar disso, existe pouca evidência de testes mais robustos, controlados e randomizados que demonstrem que a medicação tenha efeito em acelerar a recuperação ou reduzir tempo de hospital.

"Ao incluir a ivermectina em um estudo de grande escala como o Principle, esperamos gerar evidências robustas para determinar o quão eficiente o tratamento é contra a Covid-19, e se há benefícios ou prejuízos associados ao seu uso", afirmou Chris Butler, um dos líderes da pesquisa.

Pessoas com condições graves do fígado, ou que tomem o medicamento anticoagulante varfarina, ou ainda outros medicamentos que conhecidamente interajam com a ivermectina, serão excluídos do estudo, acrescentou a universidade.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

A matéria escrita e traduzida pela agência Reuters foi atualizada pela redação da Exame às 00h04 para esclarecer os objetivos e resultados do estudo desenvolvido. O ajuste foi feito a fim de evitar que qualquer título ou trecho da matéria pudesse causar desinformação

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusRemédiosUniversidade de Oxford

Mais de Ciência

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora