Ciência

Estados Unidos liberam tratamento com anticorpo sintético contra covid-19

O tratamento com anticorpos sintéticos fabricados pela Eli Lilly foi liberado apenas para pacientes com a forma leve ou moderada da covid-19

Os anticorpos imitam a ação do sistema imunológico após a infecção pelo novo coronavírus, bloqueando a ponta do vírus (./Reprodução)

Os anticorpos imitam a ação do sistema imunológico após a infecção pelo novo coronavírus, bloqueando a ponta do vírus (./Reprodução)

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AFP

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 07h17.

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) concedeu nesta segunda-feira autorização temporária para um novo tipo de tratamento contra a Covid-19, anticorpos sintéticos fabricados pela empresa americana Eli Lilly, apenas para pacientes com a forma leve ou moderada da doença.

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O tratamento foi desenvolvido especificamente contra o novo coronavírus. Outros, como remdesivir e dexametasona, receberam autorização após terem mostrado certa eficácia contra o patógeno, mas suas moléculas já existiam antes da pandemia e tinham outros usos.

A FDA deu autorização "para o uso emergencial" do novo tratamento, baseando-se nos resultados de um teste clínico realizado com 465 adultos não internados. A Eli Lilly havia solicitado a aprovação da agência reguladora há pouco mais de um mês.

Os anticorpos poderão ser usados apenas em adultos e jovens com mais de 12 anos, que pesem a partir de 40 kg e corram "alto risco de evoluir para a forma grave ou internação".

O tratamento, chamado bamlanivimab, é administrado por meio de uma injeção intravenosa. Esses anticorpos imitam a ação do sistema imunológico após a infecção pelo novo coronavírus, bloqueando a ponta do vírus, que lhe permite aderir às células humanas e penetrá-las.

O tratamento é considerado mais eficaz na fase inicial da doença, quando os anticorpos ainda têm chance de deter o vírus. No teste clínico, apenas 3% dos pacientes com alto risco de desenvolver a forma grave da Covid-19 tiveram que ser internados ou procurar atendimento de emergência após receberem o bamlanivimab, frente a 10% que receberam um placebo.

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