Ciência

Espécie de serpente recém-descoberta sobrevive a incêndio

Depois de sobreviver a um incêndio, a serpente ganhou o nome Thamnodynaste Phoenix em alusão ao pássaro mitológico que renasce das cinzas

Exemplar de Thamnodynaste Phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan  (Cemafauna Caatinga/Divulgação)

Exemplar de Thamnodynaste Phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan (Cemafauna Caatinga/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 10h17.

Última atualização em 1 de novembro de 2017 às 10h41.

A revista alemã Salamandra publicou em agosto artigo em que o pesquisador Francisco Luis Franco, do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, descreve uma nova espécie de serpente, a Thamnodynaste Phoenix.

O gênero Thamnodynaste é composto atualmente por 19 espécies de cobras vivíparas (que colocam ovos) e opistóglifas (cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior).

A serpente estudada foi doada pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) ao Instituto Butantan.

Em março de 2010, o Instituto sofreu um grave incêndio que destruiu 90% da Coleção Herpetológica “Alphonse Richard Hoge”, atingindo grande parte de seu material biológico.

Foram resgatados somente alguns espécimes, incluindo dois espécimes em depósito da Thamnodynaste Phoenix. Daí o nome da espécie, uma alusão à ave mitológica que morre em combustão e renasce das próprias cinzas.

Segundo o Cemafauna Caatinga, a nova espécie hemipeniana se distingue de todos os seus congêneres por uma combinação única de caracteres, incluindo 19 linhas dorsais de escamas lisas no meio do corpo, o menor número de linhas sob a cauda no gênero e uma morfologia e padrão de coloração distintos.

A Thamnodynaste Phoenix tem ampla ocorrência nas áreas abertas do semiárido nordestino. O município de Petrolina, interior de Pernambuco, especificamente o Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ficou designado como a localidade da espécie.

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