Exame Logo

Covid, influenza, resfriado: entenda a diferença entre os sintomas

Brasil tem apresentado um novo aumento no número de casos de coronavírus

(Guido Mieth/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de maio de 2022 às 19h32.

O mais recente boletim do InfoGripe da Fiocruz apontou para um possível início de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta em diversos estados ao final do mês de abril. Isso significa que mais brasileiros estão sendo diagnosticados com Covid-19, gripe ou resfriado.

O relatório mostra que que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. As demais apontam sinal de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo.

Veja também

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME .

Dados do boletim do consórcio de veículos de imprensa de quinta-feira indicam que média móvel de casos teve um aumento de 15% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás. O índice ainda está no parâmetro do que é considerado estabilidade, mas no limite, já que crescimentos a partir de 16% são considerados tendência de alta.

Diante deste cenário, é comum ficar em dúvida sobre qual das três doenças se está ao apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, mal estar e coriza. Gripe, resfriado e Covid (principalmente a Ômicron) costumam apresentar sinais bem parecidos, por afetarem as mesmas regiões do corpo. A diferença é que alguns deles tendem a aparecer com mais frequência ou ter maior intensidade, a depender da doença.

Enquanto a gripe e a Covid "derrubam" o paciente infectado, pois causam sintomas de cansaço, gerando indisposição, o resfriado é mais leve e apenas "atrapalha" a rotina de quem o pegou. Veja abaixo os sintomas das três doenças.

Sintomas da Covid-19

A maior parte dos casos recentes de Covid-19 no Brasil foram causados pela variante Ômicron do coronavírus. Devido à evolução da cepa e a proteção dada pelas vacinas, as infecções mais recentes têm demonstrado uma menor gravidade, mas maior capacidade de transmissão. Os sintomas, no geral, são leves.

A Ômicron tem como característica afetar mais as células do nariz e da boca. Por isso, os sintomas são mais concentrados na região da cabeça e pescoço. Normalmente, o sistema imunológico consegue combater o vírus antes que ele desça até as células dos pulmões, o que explica sua menor letalidade.

Sintomas da influenza (gripe)

A febre pode ser um sintoma diferencial entre a gripe, na qual ela é muito comum, e a Covid ou resfriado. Diante de um quadro febril, é provável, portanto, que o paciente esteja com gripe, desencadeada pelo vírus influenza. Mas a febre, por si só, não garante o diagnóstico da doença.

De acordo com o Instituto Butantan — responsável por produzir a vacina da gripe usada no Brasil —, os principais sintomas da gripe são:

Os sinais da gripe costumam durar de cinco a sete dias, sendo que a tosse pode levar duas semanas ou mais para desaparecer.

A campanha nacional de imunização contra a gripe começou em abril. Fazem parte do público-alvo: idosos com 60 anos ou mais; profissionais de saúde; crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade; gestantes e puérperas; professores; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; agentes de forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade.

Sintomas do resfriado

O resfriado tem sintomas mais leves que a gripe, e se parece bem mais com os sinais dados pela Ômicron, por também afetar mais as vias aéreas superiores. Os principais sintomas do resfriado são:

Os sinais costumam durar de três a quatro dias, mas podem se prolongar em fumantes, chegando a até 10 dias.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoençasFiocruzGripes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Ciência

Mais na Exame