Ciência

Cmed autoriza e Biomm vai precificar medicamento usado contra a covid-19

Produzido pela italiana Chemi e distribuído com exclusividade no Brasil pela Biomm, o Ghemaxan é utilizado para o tratamento de tromboembolismo, mas também se mostrou eficiente em pacientes com coronavírus

Ghemaxan: medicamento será precificado (Akiromaru/Getty Images)

Ghemaxan: medicamento será precificado (Akiromaru/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 13 de abril de 2021 às 13h45.

A Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizou o laboratório Biomm a precificar o medicamento Ghemaxan. O remédio é utilizado originalmente para o tratamento de tromboembolismo, mas que também se mostrou útil para no tratamento de pacientes com covid-19.

A autorização da Cmed vem em caráter provisório e é válida por 120 dias. O prazo pode ser prorrogado mediante o reconhecimento da necessidade do uso do medicamento com base em enoxaparina sódica para tratar pacientes infectados com o novo coronavírus.

Desta forma, é provável que o medicamento ganhe um preço a ser praticado pelo mercado já nos próximos dias. Produzido pela farmacêutica italiana Chemi, o remédio já vendido em países da Europa e nos Estados Unidos. Por aqui, a Anvisa autorizou o uso do Ghemaxan em novembro do ano passado.

Empresa brasileira fundada em 2001, a Biomm tem exclusividade de licenciamento, fornecimento, distribuição e comercialização no Brasil do Ghemaxan no Brasil. Com a autorização, as ações da empresa listadas na B3 (BIOM3.SA) já acumulavam alta de 2,45% no momento da publicação desta reportagem.

É importante deixa claro que não se trata de uma cura para a covid-19, mas de um medicamento utilizado para tratar pacientes que contraíram a doença. O Ghemaxan, assim como outros medicamentos, não substitui as vacinas que fortalecem o organismo para combater o vírus Sars-CoV-2.

Além do Ghemaxan, outros remédios também se mostraram promissores para o tratamento contra a covid-19. Um deles é a Budesonida, utilizada por pacientes com asma, rinite e outras doenças pulmonares crônicas. Uma pesquisa recente apontou efeitos benéficos do uso da substância em pacientes com coronavírus.

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