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Cientistas encontram “fonte da juventude” em idosos de 90 anos

O estudo reuniu mais de mil pessoas para entender o que idosos ridiculamente saudáveis têm em comum com pessoas de 30 anos ou menos

Idosos: os quase centenários tinham a flora intestinal quase idêntica a dos voluntários de 30 anos (oneinchpunch/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 18h39.

Como envelhecer com saúde ? Essa é a pergunta de um bilhão de dólares. Respondê-la é difícil porque, até hoje, não sabemos exatamente tudo que está envolvido no processo de envelhecimento.

Sabemos que estilo de vida faz tanta diferença quanto a genética, mas não o quê, exatamente, faz a diferença entre uma velhice difícil e uma velhice saudável.

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Foi exatamente isso que um estudo sino-canadense se propôs a investigar. Eles reuniram mais de mil voluntários chineses, de 3 a 100 anos.

Todos eles tinha uma coisa em comum: eram “ridiculamente saudáveis” para sua faixa etária, como descrevem os pesquisadores.

O que os cientistas queriam entender, especificamente, era o que os idosos com a saúde acima da média tinham em comum com os voluntários mais jovens, que também eram supersaudáveis.

E encontraram semelhanças enormes no intestino deles: os quase centenários tinham a flora intestinal quase idêntica a dos voluntários de 30 anos.

Vale lembrar que, no nosso intestino, carregamos a maior concentração de microorganismos encontrada no corpo humano.

Esse conjunto de bactérias é altamente personalizado, vai se moldando ao longo da vida e pode ter uma baita influência no metabolismo e até na saúde mental.

O que acontece é que, conforme envelhecemos, a diversidade da flora intestinal diminui. Isso torna o corpo de idosos mais vulnerável à infecções.

Em uma flora intestinal equilbrada, um microorganismo regula o outro. Se há um desequilíbrio, bactérias oportunistas podem ganhar espaço excessivo e fazer mal ao corpo humano.

Estudos anteriores, aliás, já tinham descoberto que idosos com uma flora intestinal mais diversa tomam menos remédios.

O que o novo estudo sino-canadense descobriu é que essa queda na biodiversidade do intestino não é obrigatória – e que a microbiota que se mantém tão diversa quanto a de um corpo 60 anos mais jovem está fortemente associada a uma saúde melhor para o corpo inteiro.

Como sempre, ainda falta entender se é uma questão de causa ou consequência. Será que os idosos com um estilo de vida saudável vivem melhor e, portanto, tem uma microbiota mais diversa? Ou então seria ao contrário: as bactérias do intestino (que são tão essenciais) ajudam a manter o corpo todo em melhor estado?

A resposta dessa pergunta é essencial para entender o quão longe se deve ir para  alcançar as mesmas condições intestinais do idosos supersaudáveis.

A opção mais simples, é claro, são mudanças na alimentação e probióticos, mas tem médicos apostando tanto na importância do intestino para o organismo que testam transplantes fecais para “reviver” a flora intestinal de pessoas com problema de saúde.

E você, aceitaria um supercocô para melhorar seu organismo?

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante .

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