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Cientistas das ondas gravitacionais ganham Nobel de Física

Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne levaram o prêmio equivalente a 1,1 milhão de dólares

Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne: vencedores do Nobel de Física em 2017 (Prêmio Nobel/Divulgação)
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EFE

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 07h43.

Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 09h40.

Copenhague - Os cientistas Rainer Weiss, Barry C. Barish e Kip S. Thorne foram agraciados nesta terça-feira com o prêmio Nobel de Física 2017 pela "contribuição decisiva para o detector LIGO e a observação de ondas gravitacionais", anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia.

Os três premiados contribuíram "com entusiasmo e determinação" de forma "inestimável" para colocar em funcionamento o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria Laser (LIGO), iniciativa que detectou essas ondas pela primeira vez.

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Após "quatro décadas de esforços", este projeto no qual colaboram cerca de mil cientistas de 20 países, foi o que detectou pela primeira vez, em 14 de setembro de 2015, este fenômeno cósmico que Albert Einstein tinha predito um século antes na Teoria Geral da Relatividade.

Essa vibração, que chegou à Terra de forma "extremadamente débil", provinha da colisão de dois buracos negros, ocorrida há 1,3 bilhão de anos, explica o júri.

A medição "é já uma promissora revolução na astrofísica", argumenta o comunicado de imprensa da Academia.

Weiss receberá a metade do prêmio em dinheiro deste Nobel e seus dois colegas compartilharão o resto.

Os três físicos foram reconhecidos neste ano, junto ao projeto LIGO, com o Prêmio Princesa das Astúrias de Investigação Científica e Técnica.

Weiss, Thorne e Barsih trabalham na Colaboração Científica LIGO e VIRGO, que une os detectores do LIGO localizados em Livingston (Louisiana) e Hanford (Washington) e o detector franco-italiano VIRGO, localizado perto de Pisa (Itália)

Rainer Weiss, que nasceu em Berlim em 1932, trabalha no Instituto de Tecnológico de Massachusetts (MIT); enquanto Barry Barish, nascido em Omaha (Estados Unidos) em 1936, trabalha no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) junto ao seu colega Kip S. Thorpe, nascido em Logan (Estados Unidos) em 1949.

No ano passado, a Real Academia Sueca das Ciências reconheceu com o Nobel de Física os britânicos David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz, por descobrir estados pouco usual da matéria que abriram a via ao desenvolvimento de materiais inovadores.

A dotação do prêmio é de 9 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão), depois que neste ano a Fundação aumentou o montante dos prêmios Nobel pela primeira vez em cinco anos.

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