Agência americana discute nesta quinta uso emergencial de vacina da Pfizer
Reunião com órgão regulador dos Estados Unidos começa hoje às 11 horas
Laura Pancini
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 06h00.
Um comitê do Food and Drug Administration ( FDA ), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, se reúne nesta quinta-feira (10) para avaliar o pedido de autorização de uso emergencial da vacina da farmacêutica Pfizer , desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech.
A conferência pode ser vista online, a partir das 11 horas, via YouTube ou o site oficial da agência. Em seu site, também foram disponibilizados materiais de apoio para avaliação do público.
A expectativa é de que a autorização leve ainda alguns dias para ser oficializada depois da reunião desta quinta. Se autorizada, a vacina da Pfizer pode se tornar o primeiro imunizante a ser aprovado para o uso nos Estados Unidos. O Reino Unido, o Bahrein e o Canadá foram os primeiros três países a autorizarem o uso da vacina da Pfizer. No Reino Unido, a vacina já começou a ser aplicada esta semana.
Na terça-feira, documentos publicados pelo FDA em seu site mostraram que a vacina da Pfizer não levanta preocupações de segurança e cumpre os critérios exigidos pelo órgão regulador.
“O FDA reconhece que a transparência e o diálogo são essenciais para que o público tenha confiança nas vacinas da covid-19. Quero garantir que o processo e a avaliação dos dados para uma potencial vacina será o mais transparente possível”, disse o comissário do FDA, Stephen Hahn.
De acordo com Hahn, uma discussão sobre a segurança e eficácia da vacina Pfizer e BioNTech, com um comitê composto por especialistas em saúde pública e científica, ajudará a garantir a compreensão pública dos dados que o FDA avaliará para tomar uma decisão.
No Brasil , o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,afirmou na segunda-feira (7) que está negociando a compra de 70 milhões de doses da vacina. A expectativa é que, após a aprovação da FDA, a vacina poderá ser usada de forma emergencial no Brasil , como prevê a lei.
A Anvisa terá 72 horas para avaliar o pedido e se manifestar. Caso não haja manifestação, o uso emergencial será liberado para pessoas em grupo de risco, com prioridade para profissionais da saúde.