35 usos que mostram por que o grafeno é revolucionário
Com presença que vai de camisinhas a raquetes de tênis, forma super-resistente do carbono promete ser uma das principais matérias-primas do futuro
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 08h57.
Última atualização em 9 de abril de 2017 às 11h49.
Com 1001 utilidades, o grafeno promete ser um dos principais materiais por trás das tecnologias do futuro. Tendência no mundo da ciência, a forma super-resistente do carbono tem aplicações que vão de raquetes de tênis a preservativos. A seguir, veja algumas delas.
Em seu site, a fabricante de raquetes de tênis HEAD anuncia um modelo que conta com grafeno em sua composição. Segundo a empresa, o material permite a melhor distribuição do peso e dá mais velocidade ao saque de jogadores como o sérvio Novak Djokovic.
Um estudo de cientistas da Rice University identificou que o óxido de grafeno tem entre suas propriedades a capacidade de remover material radioativo de água contaminada.
Um experimento liderado por pesquisadores do MIT (Massachussets Institute of Technology) mostrou que o grafeno tem a propriedade de filtrar as partículas de cloreto de sódio presentes na água salgada.
Outro trabalho, agora da universidade inglesa de Manchester, mostrou que o grafeno é impermeável a tudo, exceto uma coisa: água - o que pode ajudá-lo a filtrá-la.
Um papel anti-bactérias para embalar alimentos foi criado na Universidade de Xangai. Feito à base de grafeno, ele só é permeável à água e inibe o crescimento de micro-organismos.
Dois projetos de preservativo feitos a partir de grafeno estão sendo financiados pela Fundação Bill e Melinda Gates. A escolha do material se deve à sua impermeabilidade.
Que tal tatuar em um dente um sensor de grafeno capaz de monitorar sua saúde bucal? Na Princeton University, está sendo desenvolvido um estudo para pôr a ideia em prática.
Na universidade americana de Columbia, engenheiros usaram o grafeno para desenvolver o menor transmissor de frequência modulada (FM) de que se tem notícia.
Cientistas da Nanyang Technological University, em Singapura, usaram a sensibilidade à luz do grafeno para criar um sensor para câmeras 10 vezes melhor que os atuais.
No futuro, compósitos plásticos feitos a partir de grafeno podem ser úteis para reparar danos em carros e aviões - em função da resistência e leveza deste material. Quem afirma é a universidade de Manchester.
Em função da baixa densidade e da enorme resistência, o grafeno pode ser usado na confecção de fones de ouvido capazes de reproduzir o som com altíssima qualidade. Foi o que apontou um estudo desenvolvido pela Universidade da Califórnia.
A Nokia ganhou em janeiro um prêmio de 1,3 bilhão de dólares para desenvolver pesquisas com grafeno. Espera-se que a empresa use o material no acabamento de smartphones.
Ricarhd Kaner, pesquisador da Universidade da Califórnia, desenvolveu a partir do grafeno baterias para smartphones e notebooks que são inteiramente recarregadas em cinco e 10 segundos, respectivamente.
Por conduzir eletricidade tão bem quanto o cobre, o grafeno poderá ser usado no futuro em telas de smartphones e outros gadgets - afirma a Sociedade Americana de Química. Além de mais resistente do que os materiais usados hoje, o grafeno é também mais flexível.
Baterias de lítio com eletrodos de grafeno armazenam 10 vezes mais carga do que o normal. A constatação é de pesquisadores americanos da Northwestern University.
Interruptores ópticos feitos a partir de grafeno aumentaram em 100 vezes a velocidade da transmissão de dados em experimentos nas universidades inglesas de Bath e Exeter.
Na Universidade da Flórida, pesquisadores usaram o grafeno para confeccionar um painel que capta energia solar. Experiências do tipo também alcançaram sucesso em Oxford.
A capacidade de armazenar amônia e outros gases torna o grafeno útil na detecção de vazamentos. A utilidade foi descoberta por pesquisadores de China e EUA em parceria.
Como explosivos geralmente exalam gases e substâncias químicas, cientistas americanos da Rensselaer Polytechnic Institute têm usado grafeno para detectar ameaças do tipo.
Tão efetivo quanto os revestimentos usados normalmente para evitar ferrugem, o grafeno é cinco vezes mais fino. Quem fornece o dado é a Vanderbilt University, dos EUA.
O grafeno é capaz de gerar corrente elétrica quando tem duas partes de um mesmo fragmento expostas diferentes níveis de luminosidade - segundo pesquisa do MIT.
Estudo da Chalmers University of Technology, na Suécia, revelou que aplicar uma camada de grafeno esfria e, por isso, estende a vida útil de componentes eletrônicos.
Circuitos invisíveis podem ser feitos de grafeno, que é transparente e bom condutor. Na Universidade de Exeter, foi criado um material baseado nisso para espelhos inteligentes.
Pesquisadores da universidade americana Georgia Tech estão desenvolvendo uma antena de grafeno capaz de transferir um terabyte de dados em apenas um segundo.
As propriedades do grafeno permitiram a cientistas da Swinburne University of Technology desenvolver um disco capaz de armazenar três vezes mais dados que um Blu-ray.
Uma parceria entre China e Dinamarca deu origem a um suporte microscópico capaz de armazenar dados. Nele, o grafeno funciona como "papel" e os eletróns, como "tinta".
A IBM está usando grafeno e silício combinados para desenvolver um novo tipo de chip mais potente, que deve chegar ao mercado em breve.
Engenheiros da Universidade do Michigan usaram o grafeno para desenvolver lentes ultra-finas capazes de capturar imagens em infravermelho - revelando assim áreas de calor em ambientes comuns.
Em testes realizados com células animais na Polônia, o grafeno apresentou bons resultados no combate ao glioma (tipo de tumor que aparece no cérebro e na espinha). Ao formar uma rede em torno da célula doente, o grafeno cortava seu suprimento de oxigênio e nutrientes - terminando por levá-la à morte.
Um estudo das universidades da California e do Michigan mostrou que o uso do grafeno em implantes cardíacos permite que pacientes vivam tomando menos anticoagulantes.
Lucas Hess e uma equipe de pesquisadores da Technische Universität München desenvolveram na Alemanha implantes neurais feitos a partir de grafeno
Combinado a um filme elástico de polímero, o grafeno pode ser uma boa matéria-prima para músculos artificiais - de acordo com pesquisas da Duke University, nos EUA.
Células da retina foram substituídas por tecido feito a partir de grafeno em testes realizados por pesquisadores alemães da Technical University of Munich.
Usando água, eletricidade, DNA e grafeno, pesquisadores da universidade de Harvard e do MIT desenvolveram um novo método para sequenciar o material genético.
Localizado por um telescópio da NASA em algumas áreas do espaço, o grafeno pode ajudar a responder importantes questões relativas ao surgimento da vida na Terra.
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