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Velório de Niemeyer abre ao público às 16h em Brasília

Na chegada ao Palácio do Planalto, o corpo do arquiteto será recepcionado pela presidente Dilma Rousseff e pelos Dragões da Independência, da guarda militar

Oscar Niemeyer, em dezembro de 2008: o corpo do arquiteto deixou o Hospital Samaritano às 12h desta quinta-feira com destino ao Aeroporto Santos Dumont (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 13h26.

Rio de Janeiro - O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer , morto na noite de quarta-feira (05) aos 104 anos, deixou o Hospital Samaritano às 12h desta quinta-feira com destino ao Aeroporto Santos Dumont, na zona sul do Rio, de onde partiu pouco antes das 13h rumo a Brasília. O velório será no Palácio do Planalto e a visitação será aberta ao público entre 16h e 20h.

Dois ônibus com familiares de Niemeyer também partiram para o aeroporto, onde um avião da Presidência da República aguarda para fazer o traslado.

A chegada à Base Aérea de Brasília está prevista para as 14h20. De lá, o corpo segue em cortejo em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Planalto. O corpo de Niemeyer será recepcionado pela presidente Dilma Rousseff e pelos Dragões da Independência, da guarda militar. O velório ocorrerá no salão nobre, no segundo andar.

No Rio, dez batedores da Guarda Municipal acompanharam o trajeto entre o Hospital Samaritano, onde Niemeyer esteve internado nos últimos 33 dias, e o aeroporto. A missa celebrada na capela do hospital pelo padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Luz, terminou por volta das 11h. Emocionada, a viúva do arquiteto falou com a imprensa. "Perdi a pessoa que mais gostava no mundo, que mais amei. Vai ser difícil, mas o tempo passa. Estou muito fragilizada", disse Vera.

Ela contou que, na terça-feira (04), Niemeyer disse que queria comer um pastel e tomar café. "Não saí de perto dele em nenhum momento, nem nos melhores, nem nos piores. Acompanhei tudo." Há alguns dias, Niemeyer havia dito à mulher que precisava deixar o hospital para continuar trabalhando. "Ele disse: 'tenho que ir embora. Meus trabalhos estão atrasados'. E falava para o enfermeiro: 'temos que fazer o nosso samba'."


De acordo com Vera, ele estava reagindo bem ao tratamento, "mas de repente foi ficando quietinho, quietinho". Ela contou que vai atender ao desejo do marido de editar um livro que haviam idealizado juntos, além da revista da Fundação Oscar Niemeyer. "Foi a única coisa que eu prometi a ele. Ele queria ser lembrado como uma pessoa digna, honesta e amiga, como sempre foi."

Ao retornar ao Rio, o corpo do arquiteto deve ser levado para o Palácio da Cidade, para uma cerimônia fechada. O velório aberto ao público deve ocorrer na manhã da sexta-feira (07), e o enterro, à tarde, no Cemitério São João Batista. O governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto de três dias no Estado.

Niemeyer estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, desde 2 de novembro. Inicialmente vítima de desidratação, ele também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória. Na manhã da quarta-feira, o arquiteto sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos. O arquiteto completaria 105 anos no próximo dia 15.

O velório no Palácio do Planalto, sede do governo federal e obra de Niemeyer, foi proposto pela presidente Dilma Rousseff, que ligou para a família do arquiteto assim que soube de sua morte. Em nota oficial, a presidente lamentou a perda do "grande brasileiro".

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Dois ônibus com familiares de Niemeyer também partiram para o aeroporto, onde um avião da Presidência da República aguarda para fazer o traslado.

A chegada à Base Aérea de Brasília está prevista para as 14h20. De lá, o corpo segue em cortejo em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Planalto. O corpo de Niemeyer será recepcionado pela presidente Dilma Rousseff e pelos Dragões da Independência, da guarda militar. O velório ocorrerá no salão nobre, no segundo andar.

No Rio, dez batedores da Guarda Municipal acompanharam o trajeto entre o Hospital Samaritano, onde Niemeyer esteve internado nos últimos 33 dias, e o aeroporto. A missa celebrada na capela do hospital pelo padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Luz, terminou por volta das 11h. Emocionada, a viúva do arquiteto falou com a imprensa. "Perdi a pessoa que mais gostava no mundo, que mais amei. Vai ser difícil, mas o tempo passa. Estou muito fragilizada", disse Vera.

Ela contou que, na terça-feira (04), Niemeyer disse que queria comer um pastel e tomar café. "Não saí de perto dele em nenhum momento, nem nos melhores, nem nos piores. Acompanhei tudo." Há alguns dias, Niemeyer havia dito à mulher que precisava deixar o hospital para continuar trabalhando. "Ele disse: 'tenho que ir embora. Meus trabalhos estão atrasados'. E falava para o enfermeiro: 'temos que fazer o nosso samba'."


De acordo com Vera, ele estava reagindo bem ao tratamento, "mas de repente foi ficando quietinho, quietinho". Ela contou que vai atender ao desejo do marido de editar um livro que haviam idealizado juntos, além da revista da Fundação Oscar Niemeyer. "Foi a única coisa que eu prometi a ele. Ele queria ser lembrado como uma pessoa digna, honesta e amiga, como sempre foi."

Ao retornar ao Rio, o corpo do arquiteto deve ser levado para o Palácio da Cidade, para uma cerimônia fechada. O velório aberto ao público deve ocorrer na manhã da sexta-feira (07), e o enterro, à tarde, no Cemitério São João Batista. O governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto de três dias no Estado.

Niemeyer estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, desde 2 de novembro. Inicialmente vítima de desidratação, ele também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória. Na manhã da quarta-feira, o arquiteto sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos. O arquiteto completaria 105 anos no próximo dia 15.

O velório no Palácio do Planalto, sede do governo federal e obra de Niemeyer, foi proposto pela presidente Dilma Rousseff, que ligou para a família do arquiteto assim que soube de sua morte. Em nota oficial, a presidente lamentou a perda do "grande brasileiro".

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