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Tiara utilizada em coroação britânica vai a leilão em Genebra e pode ser vendida por R$ 8,2 milhões

A venda também inclui a maior coleção de peças da joalheria francesa JAR a ser leiloada, ilustrando a carreira de 40 anos do criador Joel Arthur Rosenthal, radicado em Paris

 (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de maio de 2023 às 10h28.

Uma deslumbrante tiara usada em duas coroações britânicas e o diamante Estrela do Egito, supostamente pertencente ao rei Farouk, estão entre as joias históricas que serão leiloadas pela Christie's em Genebra nesta quarta-feira, 17.
As peças brilhantes serão marteladas na venda "Joias Magníficas" da casa de leilões na cidade suíça.

A venda também inclui a maior coleção de peças da joalheria francesa JAR a ser leiloada, ilustrando a carreira de 40 anos do criador Joel Arthur Rosenthal, radicado em Paris.

Menos de duas semanas após a coroação do rei Charles III em Londres, a tiara de diamantes Bessborough, usada nas coroações de seu avô, o rei George VI (1937) e de sua mãe, a rainha Elizabeth II (1953), está à venda.

Vere Ponsonby, nono conde de Bessborough, contratou o joalheiro parisiense Chaumet para criar uma tiara para sua esposa por ocasião de sua nomeação como governador-geral do Canadá, em 1931.

A peça 'art déco', fabricada em platina e que pesa 136,5 gramas, tem um intrincado desenho floral.

"É a coisa mais icônica a se fazer em termos de estilo. O trabalho é incrível", considerou Max Fawcett, chefe de joalheria da Christie's em Genebra.

"É muito parecida com uma coroa, o que é adequado para este ano, que teve duas coroações", disse à AFP. "É uma obra de arte e um pedaço da história", acrescentou.

Espera-se que alcance entre 800.000 e 1,5 milhão de francos suíços (890.000 a 1,67 milhão de dólares, 4,37 milhões a 8,2 milhões de reais na cotação atual).

Estrela do Egito

A Estrela do Egito é um espetacular diamante não montado de 105,52 quilates. Sua origem está imersa em mistério. Teria sido adquirido em 1850 pelo vice-rei do Egito, que o vendeu em 1880.

Apareceu pela primeira vez no mercado de Londres em 1939. Aparentemente, teria sido comprado pelo rei Farouk, que governou o Egito de 1936 a 1952. Sua impressionante coleção de joias desapareceu quando ele fugiu para o exílio e reapareceu vários anos depois.

A Estrela do Egito foi adquirida junto com outras joias de sua coleção. Está na mesma família desde a década de 1970 e nunca foi leiloada antes. Estima-se que poderiam ser obtidos entre dois e três milhões de francos suíços (entre 2,2 milhões e 3,3 milhões de dólares, 10,8 milhões e 16,2 milhões de reais na cotação atual).

"Seu formato [quadrado] é inacreditável", disse Fawcett. "É uma pedra absolutamente linda".

Os 28 lotes de Joel Arthur Rosenthal (JAR) foram acumulados por um único colecionador ao longo de 15 anos.

Nascido em Nova York, mas radicado em Paris, Rosenthal produz cerca de 70 peças meticulosamente elaboradas por ano.

Elas costumam ser pré-atribuídas a seus colecionadores e amigos, "portanto, para um novo colecionador é difícil entrar", disse à AFP Rahul Kadakia, chefe internacional de joias da Christie's.

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