Quem deve trazer medalhas para o Brasil nas Olimpíadas
Especialista em psicologia do esporte listou alguns esportes e atletas brasileiros que têm grandes chances de levar alguma medalha para casa. Confira
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2012 às 16h54.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo – Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, o Brasil ficou em 23º lugar no quadro geral de medalhas, com três ouros, quatro pratas e oito bronzes. Neste ano, não é possível afirmar se o resultado vai ser melhor ou pior, mas, entre os 259 atletas da delegação brasileira que estão em Londres , alguns chamam a atenção. Na opinião de Dietmar Martin Samulski, doutor em psicologia do esporte e professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais, o judô brasileiro é uma modalidade que tem grandes nomes que podem se destacar no pódio, assim como o salto com vara e em distância. Em entrevista a EXAME.com, ele citou alguns exemplos dessas e de outros esportes que têm potencial. Clique nas fotos e veja quais são eles.
Mesmo sendo chamado de “o país do futebol”, o Brasil nunca conquistou um ouro olímpico. Nesta edição dos Jogos, a seleção brasileira tem motivos a mais para acreditar no título inédito. Além de uma equipe formada por muitos jogadores muito competentes da seleção principal, o time formado por Mano Menezes tem o atacante Neymar como a grande esperança que pode levar o Brasil ao lugar mais importante do pódio.
Medalha de ouro no Pan-Americano do ano passado, em Guadalajara, o judoca Luciano Corrêa (de quimono branco) tem 29 anos e luta na categoria meio-pesado (até 100 kg). Ele pratica o esporte desde os quatro anos de idade e, além do Pan, tem títulos de peso no currículo. Em 2007, foi campeão mundial e levou o bronze no Pan-Americano, no Rio de Janeiro. Apesar de não ter conseguido nenhuma medalha nas Olimpíadas de Pequim, Corrêa é uma das apostas do professor Samulsky para colocar o Brasil no pódio.
Octacampeão brasileiro, Tiago Camilo coleciona medalhas de ouro dos Jogos Pan-Americanos, de 2011, em Guadalajara, 2007, no Rio, e 2003, em Santo Domingo. O paulista de Tupã também foi campeão mundial de sua categoria (até 81 quilos), em 2007. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, ele conquistou o bronze, e, em Sidney, em 2000, levou a medalha de prata. Agora, ele tentará adicionar mais um título ao seu currículo.
O judoca Leandro Guilheiro, de 28 anos, já conquistou duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos, em Atenas, em 2004, e em Pequim, em 2008, na categoria até 81 quilos. No ano passado, em Paris, e em 2010, em Tóquio, levou bronze e prata, respectivamente, no Campeonato Mundial de Judô. Os ouros de seu currículo vieram do Campeonato Mundial Júnior, em 2002, dos Jogos Mundiais Militares, em 2011, e do Pan-Americano de Guadalajara, em 2011.
Engrossando o grupo de judocas promissores, a gaúcha Mayra Aguiar, de 20 anos, está em primeiro lugar no ranking da Federação Internacional de Judô, na categoria até 78 quilos. No ano passado, conseguiu a medalha de bronze e, 2010, levou prata, no Campeonato Mundial de Judô. Nos jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, foi medalha de prata, e de Guadalajara, em 2011, conquistou o bronze. Esta edição das Olimpíadas é a segunda vez que ela participa. Em 2008, em Pequim, ela foi eliminada na primeira luta, mas, agora, tenta um destino melhor.
Judoca da categoria meio-leve (60 a 66 quilos), Erika Miranda não conseguiu aproveitar sua chance de conseguir uma medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, devido a uma contusão. Dessa vez, ela terá a oportunidade de conquistar uma medalha, assim como fez nos jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, e Guadalajara, no ano passado, quando levou prata, nas duas competições.
O paulista de Presidente Prudente Mauro Vinícius da Silva é outro destaque do atletismo brasileiro nas Olimpíadas. Na modalidade salto em distância, a melhor marca alcançada em sua carreira foi de 8,28 metros, nas eliminatórias do Mundial Indoor de Atletismo. Seu melhor resultado outdoor foi de 8,27 metros, em São Paulo, no ano passado. Em março deste ano, ele conquistou o ouro no Mundial Indoor, em Istambul, fazendo um salto de 8,23 metros na final.
Com uma marca de 7,04 metros no salto em distância, a atleta Maurren Maggi conquistou o ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Nesta edição da disputa, a expectativa de vitória é a mesma. Aos 36 anos, ela é recordista brasileira e sul-americana na modalidade, com um salto de 7,26 metros. Em seu currículo, ela também acumula medalhas de ouro nas provas de salto em distância nos pan-americanos de Winnipeg (onde também ganhou prata na corrida de 100 metros com barreiras), em 1999, do Rio de Janeiro, em 2007, e Guadalajara, em 2011.
Assim como Maurren Maggi, a atleta Fabiana Murer detém o recorde brasileiro e sul-americano em sua modalidade. Praticante do salto com vara, sua maior marca é de 4,85 metros, alcançada em 2010, no Campeonato Ibero-Americano. No ano passado, ela conquistou o ouro no Campeonato Mundial de Atletismo, em Daegu, na Coreia do Sul, e medalha de prata no Pan de Guadalajara. No Campeonato Mundial de Atletismo em Pista Coberta de 2010, ela conquistou o primeiro lugar e, em 2008, ficou em terceiro na mesma competição. Comum currículo desses, ela promete levar o Brasil às alturas.
Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, o nadador César Cielo trouxe duas medalhas para o Brasil, uma de ouro, nos 50 metros livres, e uma de bronze, nos 100 metros livres. Nas Olimpíadas deste ano, as apostas estão indo pelo mesmo caminho. Afinal, além de conquistar o bicampeonato mundial nos 50 metros livres, em Roma, em 2009, e ter sido campeão no mesmo ano nos 100 metros livres, Cielo é recordista nas duas modalidades. Na primeira, seu tempo é de 20s91 e, na segunda, de 46s91.
Medalha de prata nos jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, e de Guadalajara, em 2011, Poliana Okimoto é uma esperança de medalha para o Brasil na maratona aquática, em Londres. A paulistana de 29 anos foi vencedora da Travessia dos Fortes (de 3.800 metros) em 2010 e 2005, além de outros títulos conquistados ao longo da carreira de mais de 20 anos. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, ela ficou em sétimo lugar na maratona aquática feminina e, agora, tem a chance de mudar a situação e levar uma medalha para casa.
A dupla de Robert Scheidt e Bruno Prada tem grandes chances de conquistar algum lugar no pódio das Olimpíadas de Londres, na prova de vela, classe Star. Isso porque, na Copa do Mundo de vela, em junho deste ano, eles alcançaram o terceiro lugar, e, na Skandia Sail for Gold Regatta, na Inglaterra, ficaram em segundo. Em Pequim, nos Jogos Olímpicos de 2008, eles conquistaram a medalha de prata, mas, neste ano, pretendem superar essa conquista.
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