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Premiações de vinhos são "balela", diz pesquisador

De acordo com levantamento feito por um curioso no assunto, a escolha dos melhores vinhos, mesmo quando feita por renomados sommeliers, é aleatória

Segundo pesquisador, avaliar 100 vinhos de uma vez sem errar está além da capacidade humana (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2013 às 17h45.

São Paulo – Até que ponto é possível confiar em um sommelier que afirma que um determinado vinho é bom ou ruim? Um estudo feito pelo americano Robert Hodgson mostra que nem mesmo os melhores profissionais são confiáveis em suas avaliações sobre os rótulos.

A pesquisa , publicada no Journal of Wine Economics e pelo Guardian, indica que somente 10% dos juízes que atuam em competições e testes cegos foram consistentes em suas análises. Para chegar a essa conclusão, ele realizou experimentos desde 2005 na feira anual California State Fair, realizada todo mês de junho nos Estados Unidos.

Lá, juízes de grande gabarito no tema experimentavam por várias vezes, sem saber, o líquido de uma garrafa, e a maioria dava notas bem diferentes para o mesmo vinho apresentado. As notas só costumavam se assemelhar quando a bebida não era aprovada pelo indivíduo. Os profissionais que conseguiram chegar mais perto do trabalho "desejado" foram aqueles poucos que deram nota praticamente igual ao experimentar, sem saber, o mesmo vinho.

Isso serviu para que Hodgson, que é um oceanógrafo aposentado e dono de uma pequena vinícola, compreendesse porque seus produtos recebiam avaliações ora muito positivas, ora negativas. Ao Guardian, ele afirmou que a decisão sobre qual o melhor vinho de uma determinada competição chega a ser aleatória, já que as notas são muito subjetivas e podem variar bastante.

O problema disso está no fato de que as vinícolas que têm a “sorte” de conquistar o prêmio costumam se beneficiar bastante em vendas, enquanto produtos que poderiam ser tão bons (ou até melhores) quanto o vencedor ficam de lado. Com esse resultado, ele não quer dizer que os enólogos são ruins ou despreparados, mas apenas que a tarefa de avaliar 100 rótulos de uma só vez está além da capacidade humana.

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A pesquisa , publicada no Journal of Wine Economics e pelo Guardian, indica que somente 10% dos juízes que atuam em competições e testes cegos foram consistentes em suas análises. Para chegar a essa conclusão, ele realizou experimentos desde 2005 na feira anual California State Fair, realizada todo mês de junho nos Estados Unidos.

Lá, juízes de grande gabarito no tema experimentavam por várias vezes, sem saber, o líquido de uma garrafa, e a maioria dava notas bem diferentes para o mesmo vinho apresentado. As notas só costumavam se assemelhar quando a bebida não era aprovada pelo indivíduo. Os profissionais que conseguiram chegar mais perto do trabalho "desejado" foram aqueles poucos que deram nota praticamente igual ao experimentar, sem saber, o mesmo vinho.

Isso serviu para que Hodgson, que é um oceanógrafo aposentado e dono de uma pequena vinícola, compreendesse porque seus produtos recebiam avaliações ora muito positivas, ora negativas. Ao Guardian, ele afirmou que a decisão sobre qual o melhor vinho de uma determinada competição chega a ser aleatória, já que as notas são muito subjetivas e podem variar bastante.

O problema disso está no fato de que as vinícolas que têm a “sorte” de conquistar o prêmio costumam se beneficiar bastante em vendas, enquanto produtos que poderiam ser tão bons (ou até melhores) quanto o vencedor ficam de lado. Com esse resultado, ele não quer dizer que os enólogos são ruins ou despreparados, mas apenas que a tarefa de avaliar 100 rótulos de uma só vez está além da capacidade humana.

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