Neil Patrick Harris canta, dança e aparece de cueca no Oscar
Ator da Broadway abriu cerimônia com piada rápida e afiada sobre falta de atores negros nas categorias de interpretação
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 10h42.
Los Angeles - Quer se ame ou se odeie Neil Patrick Harris, o fato é que no domingo à noite ele provou ser um dos anfitriões que mais deram duro na história do Oscar , ao cantar, dançar e até mesmo correr de cueca no palco do Dolby Theatre, em Hollywood.
Mas o talentoso ator de televisão e da Broadway, que alcançou fama como adolescente no seriado da TV "Tal Pai, Tal Filho", também teve de enfrentar um grande elefante na sala, ao abrir a cerimônia com uma piada rápida, mas afiada, que apontava a falta de diversidade na lista dos indicados ao Oscar este ano.
"Hoje à noite nós honramos os melhores e mais brancos, desculpem, mais brilhantes, de Hollywood", disse, impassível, provocando uma gargalhada que pareceu quebrar o habitual nervosismo prévio da cerimônia entre a realeza da indústria do cinema presente no auditório para a 87ª premiação do Oscar.
A piada de abertura foi uma referência às críticas que os jurados do Oscar enfrentaram este ano por não nomearem um único ator negro em nenhuma das categorias de interpretação pela primeira vez em muitos anos, incluindo David Oyelowo, aclamado pela crítica por sua atuação em “Selma”, drama sobre os direitos civis nos Estados Unidos.
Foi o primeiro de vários momentos politicamente carregados da noite, incluindo as observações de Patricia Arquette ao receber a estatueta de melhor atriz coadjuvante por seu papel como uma mãe solteira em "Boyhood".
"Para cada mulher que deu à luz a cada contribuinte e cidadão deste país, temos lutado pelos direitos de todo mundo", disse a atriz no palco. "É a nossa hora de ter igualdade salarial de uma vez por todas e igualdade de direitos para as mulheres nos Estados Unidos da América", acrescentou.
Ao receber o prêmio de melhor documentário, a diretora de "Citizenfour", Laura Poitras, chamou de herói o norte-americano Edward Snowden, que denunciou a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA).
"Quando as decisões mais importantes, e que afetam todos nós, são adotadas em segredo, perdemos nossa capacidade de verificar os poderes que controlam", disse.
Seu discurso foi rapidamente seguido com um contraponto mordaz e um jogo de palavras de Harris, entre “razão” e “traição”: "O tema da 'Citizenfour', Edward Snowden, não pôde vir aqui por alguma traição".
Ovacionados em pé
Em um dos momentos mais emotivos da noite, o artista rapper Common e o astro do R&B John Legend interpretaram em dueto "Glory", o tema de "Selma", que também vem sendo cantada nas manifestações de protesto contra o uso excessivo de força letal por parte da polícia contra as minorias raciais no país.
Os dois ganharam o Oscar de melhor canção como compositores de "Glory", e sua performance levou o auditório repleto de celebridades a aplaudi-los de pé, alguns com lágrimas nos olhos.
A segunda grande ovação da noite veio depois que Lady Gaga fez um mix empolgante de canções do musical clássico "A Noviça Rebelde", e em seguida recebeu os cumprimentos no palco da estrela desse filme, Julie Andrews, de 79 anos.
"Querida Lady Gaga, obrigada por essa homenagem maravilhosa", disse uma Julie visivelmente emocionada. "É difícil acreditar que 50 anos se passaram desde que este alegre filme foi lançado."
A crítica Alessandra Stanley, do The New York Times, definiu a "performance" de Harris na noite como sem graça, embora tenha elogiado seu momento mais maluco na noite.
Em uma homenagem cômica a uma cena memorável de “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”, vencedor do Oscar de melhor filme, Harris foi seguido por uma câmera dos bastidores para o palco principal do show usando apenas uma cueca branca, sapatos pretos e meias.
Los Angeles - Quer se ame ou se odeie Neil Patrick Harris, o fato é que no domingo à noite ele provou ser um dos anfitriões que mais deram duro na história do Oscar , ao cantar, dançar e até mesmo correr de cueca no palco do Dolby Theatre, em Hollywood.
Mas o talentoso ator de televisão e da Broadway, que alcançou fama como adolescente no seriado da TV "Tal Pai, Tal Filho", também teve de enfrentar um grande elefante na sala, ao abrir a cerimônia com uma piada rápida, mas afiada, que apontava a falta de diversidade na lista dos indicados ao Oscar este ano.
"Hoje à noite nós honramos os melhores e mais brancos, desculpem, mais brilhantes, de Hollywood", disse, impassível, provocando uma gargalhada que pareceu quebrar o habitual nervosismo prévio da cerimônia entre a realeza da indústria do cinema presente no auditório para a 87ª premiação do Oscar.
A piada de abertura foi uma referência às críticas que os jurados do Oscar enfrentaram este ano por não nomearem um único ator negro em nenhuma das categorias de interpretação pela primeira vez em muitos anos, incluindo David Oyelowo, aclamado pela crítica por sua atuação em “Selma”, drama sobre os direitos civis nos Estados Unidos.
Foi o primeiro de vários momentos politicamente carregados da noite, incluindo as observações de Patricia Arquette ao receber a estatueta de melhor atriz coadjuvante por seu papel como uma mãe solteira em "Boyhood".
"Para cada mulher que deu à luz a cada contribuinte e cidadão deste país, temos lutado pelos direitos de todo mundo", disse a atriz no palco. "É a nossa hora de ter igualdade salarial de uma vez por todas e igualdade de direitos para as mulheres nos Estados Unidos da América", acrescentou.
Ao receber o prêmio de melhor documentário, a diretora de "Citizenfour", Laura Poitras, chamou de herói o norte-americano Edward Snowden, que denunciou a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA).
"Quando as decisões mais importantes, e que afetam todos nós, são adotadas em segredo, perdemos nossa capacidade de verificar os poderes que controlam", disse.
Seu discurso foi rapidamente seguido com um contraponto mordaz e um jogo de palavras de Harris, entre “razão” e “traição”: "O tema da 'Citizenfour', Edward Snowden, não pôde vir aqui por alguma traição".
Ovacionados em pé
Em um dos momentos mais emotivos da noite, o artista rapper Common e o astro do R&B John Legend interpretaram em dueto "Glory", o tema de "Selma", que também vem sendo cantada nas manifestações de protesto contra o uso excessivo de força letal por parte da polícia contra as minorias raciais no país.
Os dois ganharam o Oscar de melhor canção como compositores de "Glory", e sua performance levou o auditório repleto de celebridades a aplaudi-los de pé, alguns com lágrimas nos olhos.
A segunda grande ovação da noite veio depois que Lady Gaga fez um mix empolgante de canções do musical clássico "A Noviça Rebelde", e em seguida recebeu os cumprimentos no palco da estrela desse filme, Julie Andrews, de 79 anos.
"Querida Lady Gaga, obrigada por essa homenagem maravilhosa", disse uma Julie visivelmente emocionada. "É difícil acreditar que 50 anos se passaram desde que este alegre filme foi lançado."
A crítica Alessandra Stanley, do The New York Times, definiu a "performance" de Harris na noite como sem graça, embora tenha elogiado seu momento mais maluco na noite.
Em uma homenagem cômica a uma cena memorável de “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”, vencedor do Oscar de melhor filme, Harris foi seguido por uma câmera dos bastidores para o palco principal do show usando apenas uma cueca branca, sapatos pretos e meias.