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Na Disney, tudo começou com um rato... há 85 anos

O império Disney não pode ser compreendido sem Mickey Mouse, a primeira estrela da "fábrica de sonhos" e sua figura mais emblemática, que completa 85 anos


	Recorte do Mickey Mouse na vitrine de uma loja World of Disney em Nova York: "tudo começou com um rato", disse Walt Disney em 1954
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

Recorte do Mickey Mouse na vitrine de uma loja World of Disney em Nova York: "tudo começou com um rato", disse Walt Disney em 1954 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 09h37.

Los Angeles  - O império Disney não pode ser compreendido sem o rato Mickey Mouse, a primeira estrela da "fábrica de sonhos" e sua figura mais emblemática, que completa nesta terça-feira 85 anos e em grande forma, preparando sua chegada aos cinemas com o curta "Hora de Viajar!".

"Só espero que nunca percamos de vista uma coisa: tudo começou com um rato", disse Walt Disney em 1954. Na época, Mickey já era uma celebridade especial frente às câmeras e holofotes, já que sua estreia no cinema aconteceu com o curta-metragem "O Vapor Willie" em 18 de novembro de 1928.

Mickey estava a bordo de um navio a vapor comandado por seu inimigo, o malvado capitão Bafo de Onça, que o obrigava a descascar batatas, quando descobre o gosto do rato pela música.

Naquela época, seus olhos eram dois pontos pretos, suas orelhas eram longas, em vez de redondas, seu nariz mais arrebitado e sua pele, esbranquiçada, um aspecto retomado pela Disney para o curta "Hora de viajar!", que poderá ser visto nos cinemas antes da exibição de "Frozen - Uma Aventura Congelante", também da Disney, que estreia no Brasil em 3 de janeiro.

Esse trabalho de Lauren MacMullan e Dorothy McKim, realizado com ajuda do mestre da animação Eric Goldberg, conhecido por seu trabalho em "Aladdin", entrou na lista preliminar das dez obras que que concorrerão ao Oscar, que será divulgada oficialmente no dia 16 de janeiro.

O rato mais famoso do mundo, dublado originalmente pelo próprio Walt Disney, é hoje um ícone da cultura americana e a imagem de um dos grandes impérios do marketing mundial, depois de aparecer em dezenas de filmes ("Fantasia", 1940, talvez o de maior sucesso), curtas-metragens, séries de televisão e videogames.

"Não sei se é possível calcular a influência global do Mickey na cultura popular", disse Andy Stein, autora do livro "Why We Love Disney: The Power of the Disney Brand".


O personagem nasceu por acaso, já que o primeiro personagem de Walt Disney foi o coelho da sorte Oswald, que para solucionar problemas de direitos autorais acabou se transformando em um rato.

Com o esboço de Oswald em mente, o artista, junto com o animador Ub Iwerks, desenvolveu a ideia de moldar o roedor, embora tenha sido Iwerks que o desenhou pela primeira vez.

Batizado inicialmente como Mortimer, a esposa de Walt Disney, Lilly, mudou seu nome para o mais familiar "Mickey", que ficaria imortalizado.

Mickey foi lançado pela primeira vez no curta "O Avião do Mickey" e "The Gallopin" Gaucho", ambos mudos, que só estrearam depois do sucesso de "O Vapor Willie".

A partir daí, a Disney conseguiu fechar um acordo com a Columbia Pictures para filmes de cinema, séries e curtas tendo o rato como protagonista.

Em 1932, a Academia de Hollywood premiou a Disney com um Oscar honorário pela criação do personagem, e em 1978 se tornou o primeiro desenho animado que possui uma estrela no Calçada da Fama em Hollywood, em comemoração ao 50º aniversário de seu nascimento.

Mas ao invés de viver de renda, Mickey, que sempre pode ser encontrado na Disneylândia, propôs a criar novas memórias.

Nos últimos sete anos se lhe pôde ver na série "A Casa do Mickey Mouse", e estreou nos últimos meses novos curtas através da Disney Channel. "Potatoland", o mais recente, estreia hoje nos Estados Unidos.

Em 2009, a Disney decidiu relançar a imagem de Mickey Mouse através do videogame "Epic Mickey", com um "look" mais próximo de suas origens e atitude mais natural, aventureira e travessa, com a intenção de alterar a sensação de que o rato mais famoso do mundo é mais visto hoje como um produto de marketing do que como um personagem de desenho.

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