Museu Nacional vai ganhar reforma pelo segundo centenário
Coleção, que inclui de fósseis de dinossauros a múmias egípcias, tem 20 milhões de peças, 95% delas nunca exposta e empilhada nos depósitos do museu
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 16h25.
Rio de Janeiro - O Museu Nacional, centro de história natural mais antigo da América Latina, prepara uma grande ampliação que terminará em 2018, quando completará o segundo centenário de sua inauguração por Dom João VI.
A coleção, que inclui de fósseis de dinossauros a múmias egípcias, tem 20 milhões de peças, 95% delas nunca exposta e empilhada nos depósitos do museu, que fica no palácio da Quinta da Boa Vista, que serviu de residência oficial da família real brasileira até 1889.
O plano de ampliação pretende manter o centro estreitamente vinculado à história da família real brasileira, que criou o museu em 1818, apenas dez anos depois da fuga de Dom João de Portugal, e responsável por inaugurar as coleções de botânica e de etnografia.
"Queremos fazer uma conexão entre a ciência e a história da ciência do Brasil.
O imperador Pedro II era um intelectual, um cientista; tinha um observatório astronômico e um museu de ciência no palácio", afirmou a Agência Efe o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte, diretor do comitê do segundo centenário do museu.
O plano de ampliação prevê a construção de três edifícios anexos para abrigar, entre outras dependências, o arquivo, os laboratórios e laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro que atualmente se dividem no palácio.
Os três andares do palácio passariam assim a serem exclusivamente dedicados a exposições, o que triplicaria a superfície do museu aberta ao público, dos atuais 4 mil metros quadrados para perto de 12.000.
Também está prevista a construção de uma torre externa para o transporte de materiais, segundo Duarte.
"É um projeto bastante ousado e ambicioso", explicou a Efe a museóloga Thereza Baumann, mas a parte mais custosa da ampliação dependerá de investidores interessados em financiar os cerca de R$ 200 milhões estimados como custo da obra e da restauração do palácio.
Os responsáveis do museu disseram que é "muito pouco provável" conseguir o financiamento em cinco anos, mas Dias assegurou que está "lutando" para conseguir o apoio do governo federal por causa do aniversário de 200 anos da instituição.
Enquanto a ampliação não se materializa, os responsáveis do museu estão trabalhando na "revitalização" das exposições, com a limpeza de salas e galerias, a limpeza e a restauração das peças expostas, entre outras tarefas.
Foi elaborado um novo projeto museográfico para selecionar e expor pela primeira vez espécies que estiveram guardadas em depósitos durante décadas.
Na segunda-feira foi reinaugurada, após quatro anos de trabalho, a rica coleção de conchas e animais marítimos dissecados, em que se destaca o exoesqueleto de um caranguejo gigante japonês, que data de 1836, e a seção de entomologia, integrada por centenas de borboletas, escaravelhos, aranhas e outros insetos.
Ainda em obras, permanece fechada a exposição de vertebrados, que tem como estrela um imenso esqueleto de baleia, e conta com uma coleção quase centenária, que inclui alguns animais já extintos, segundo Baumann.
Apesar das obras que mantêm 25% do museu fechado, os visitantes podem conhecer, entre outros tesouros, um grande meteorito achado em 1784, que fica no vestíbulo principal.
Entre as peças paleontológicas, que são a sensação do público infantil, há vários fósseis de dinossauros e um esqueleto pré-histórico de um bicho-preguiça gigante, que conta com 40% de ossos autênticos, embalsamado em 1919.
A coleção antropológica é composta na maioria por peças romanas, etruscas ou gregas adquiridas pela família real brasileira, entre elas seis múmias egípcias e uma romana, além de um grande número de peças cerâmicas e afrescos das cidades romanas de Pompéia e Herculano.
O museu também abriga uma vasta coleção botânica, iniciada pelas filhas do imperador Pedro II, que "era um entusiasta das artes e a ciência" e "se considerava um cientista amador", relatou o museólogo Marco Aurélio Caldas.
Rio de Janeiro - O Museu Nacional, centro de história natural mais antigo da América Latina, prepara uma grande ampliação que terminará em 2018, quando completará o segundo centenário de sua inauguração por Dom João VI.
A coleção, que inclui de fósseis de dinossauros a múmias egípcias, tem 20 milhões de peças, 95% delas nunca exposta e empilhada nos depósitos do museu, que fica no palácio da Quinta da Boa Vista, que serviu de residência oficial da família real brasileira até 1889.
O plano de ampliação pretende manter o centro estreitamente vinculado à história da família real brasileira, que criou o museu em 1818, apenas dez anos depois da fuga de Dom João de Portugal, e responsável por inaugurar as coleções de botânica e de etnografia.
"Queremos fazer uma conexão entre a ciência e a história da ciência do Brasil.
O imperador Pedro II era um intelectual, um cientista; tinha um observatório astronômico e um museu de ciência no palácio", afirmou a Agência Efe o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte, diretor do comitê do segundo centenário do museu.
O plano de ampliação prevê a construção de três edifícios anexos para abrigar, entre outras dependências, o arquivo, os laboratórios e laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro que atualmente se dividem no palácio.
Os três andares do palácio passariam assim a serem exclusivamente dedicados a exposições, o que triplicaria a superfície do museu aberta ao público, dos atuais 4 mil metros quadrados para perto de 12.000.
Também está prevista a construção de uma torre externa para o transporte de materiais, segundo Duarte.
"É um projeto bastante ousado e ambicioso", explicou a Efe a museóloga Thereza Baumann, mas a parte mais custosa da ampliação dependerá de investidores interessados em financiar os cerca de R$ 200 milhões estimados como custo da obra e da restauração do palácio.
Os responsáveis do museu disseram que é "muito pouco provável" conseguir o financiamento em cinco anos, mas Dias assegurou que está "lutando" para conseguir o apoio do governo federal por causa do aniversário de 200 anos da instituição.
Enquanto a ampliação não se materializa, os responsáveis do museu estão trabalhando na "revitalização" das exposições, com a limpeza de salas e galerias, a limpeza e a restauração das peças expostas, entre outras tarefas.
Foi elaborado um novo projeto museográfico para selecionar e expor pela primeira vez espécies que estiveram guardadas em depósitos durante décadas.
Na segunda-feira foi reinaugurada, após quatro anos de trabalho, a rica coleção de conchas e animais marítimos dissecados, em que se destaca o exoesqueleto de um caranguejo gigante japonês, que data de 1836, e a seção de entomologia, integrada por centenas de borboletas, escaravelhos, aranhas e outros insetos.
Ainda em obras, permanece fechada a exposição de vertebrados, que tem como estrela um imenso esqueleto de baleia, e conta com uma coleção quase centenária, que inclui alguns animais já extintos, segundo Baumann.
Apesar das obras que mantêm 25% do museu fechado, os visitantes podem conhecer, entre outros tesouros, um grande meteorito achado em 1784, que fica no vestíbulo principal.
Entre as peças paleontológicas, que são a sensação do público infantil, há vários fósseis de dinossauros e um esqueleto pré-histórico de um bicho-preguiça gigante, que conta com 40% de ossos autênticos, embalsamado em 1919.
A coleção antropológica é composta na maioria por peças romanas, etruscas ou gregas adquiridas pela família real brasileira, entre elas seis múmias egípcias e uma romana, além de um grande número de peças cerâmicas e afrescos das cidades romanas de Pompéia e Herculano.
O museu também abriga uma vasta coleção botânica, iniciada pelas filhas do imperador Pedro II, que "era um entusiasta das artes e a ciência" e "se considerava um cientista amador", relatou o museólogo Marco Aurélio Caldas.